Gilson de Carvalho |
O curso formou lideranças femininas comunitárias para atuar em seus bairros, denunciando casos de violência contra a mulher |
Após sete meses de curso, 57 mulheres assistidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) I e II foram diplomadas nesta quinta-feira (11) como Promotoras Legais Populares. Ao longo desse período, a Prefeitura de Corumbá, em parceria com diversos órgãos, promoveu aulas e atividades educativas como Organização do Estado; Relações de Gênero; Discriminação Étnico Raciais; Direitos Humanos; Convenções Internacionais dos Direitos da Mulher; Saúde, Direitos Reprodutivos e Sexualidade; Lei Maria da Penha; Direitos Trabalhistas e Aposentadoria; Direitos do Consumidor; Assédio Sexual e Moral, entre outras.
“Foi uma maravilha. Aprendi muita coisa que eu nem sabia que existia, principalmente sobre os direitos das mulheres e sobre nossa saúde”, afirmou Iracema Nepomuceno Costa, 60 anos, moradora do bairro Popular Nova. Para ela, a formação foi um processo importante, mas que só terá valor se a transferência de conhecimento continuar. “Agora todas nós formandas temos que levar tudo que aprendemos para outras pessoas. Temos que seguir em frente”, acrescentou.
Esta é a mesma opinião de Suely Souza de Jesus, 52 anos, moradora do Loteamento Pantanal. “Depois deste curso, tenho condições de auxiliar outras mulheres da minha comunidade”, destacou. “Aqui nós aprendemos até como conversar com outras pessoas, além de conhecer nossos direitos”, complementou Vera Lúcia Batista, 45 anos, uma das lideranças do assentamento São Gabriel.
A gerente de Articulação de Políticas Públicas para a Mulher, Cristiane Sant’Ana, destacou ainda a participação das acadêmicas do curso de Assistência Social na capacitação. “A princípio, este era um público que estava fora do nosso planejamento. Mas como houve o interesse delas, percebemos que eram pessoas que tinham muito a acrescentar a todo o processo, e foi justamente isso que aconteceu”, afirmou.
A formatura aconteceu no auditório do CRAS II, no bairro Centro América, com apresentações culturais e muita música. Todas as formandas agora integram a Rede de Atendimento à Mulher. “Nossa intenção é reunir este grupo a cada dois meses para avaliar o que vem acontecendo e trocar experiências, ajudando ainda mais na formação dessas promotoras legais”, continuou Cristiane.
Coordenado pela prefeitura, por meio da Subsecretaria de Ações Sociais, ligada à Secretaria de Promoção da Cidadania, o curso teve o objetivo de formar lideranças femininas comunitárias que atuem em seus bairros, combatendo e denunciando os casos de violência contra a mulher. O nome Promotoras Legais Populares é usado em diferentes países e identifica as mulheres que trabalham a favor dos segmentos populares com legitimidade e justiça no combate diário à discriminação.
Rodrigo Nascimento – Subsecretaria de Comunicação Institucional