Assessoria de Imprensa |
Entre os dias 13 e 17 deste mês, 19 servidores levaram atendimento a 138 famílias, cerca de 500 pessoas do São Lourenço e Paraguai Mirim |
Depois de cinco dias embrenhados no coração do Pantanal sul-mato-grossense, ao norte de Corumbá, os profissionais da equipe multidisciplinar que integram o Programa Social Povo das Águas, da Prefeitura Municipal, expressam um sentimento de satisfação e realização por levar atendimento em saúde e assistência social às famílias ribeirinhas. Mesmo enfrentando as maiores adversidades devido ao frio, à distância e ao difícil acesso aos locais em uma das regiões mais remotas do planeta, eles são unânimes em afirmar que a gratificação pessoal e a certeza do dever cumprido em amenizar o sofrimento e o isolamento de tantos cidadãos superam qualquer dificuldade.
Entre os dias 13 e 17 deste mês, 19 servidores municipais, sob a coordenação da Secretaria Especial de Integração das Políticas Sociais, levaram atendimento a 138 famílias, ou cerca de 500 pessoas, das regiões da Barra do São Lourenço e do Paraguai Mirim, pela terceira edição do programa em 2010. Responsável pelo cadastramento preliminar das famílias, trabalho que norteia e permite a ação, o agente de Defesa Civil Josiney Severino dos Santos integrou a equipe pela terceira vez neste ano e diz que a avaliação é a melhor possível. Isso porque, conforme ele, pela primeira vez foi possível atender 100% das famílias cadastradas e até mais.
“Sinto-me muito feliz e gratificado por ajudar pessoas que nunca tinham recebido atendimento médico ou qualquer tipo de serviço na porta de casa. Gente que nunca esteve na cidade e agora foi atendida”, afirma Josiney, continuando: “A sensação é de missão cumprida, pois eu faço o levantamento inicial para levar-lhes alguma resposta, e levamos muito mais, levamos suprimentos, serviços e atenção”. Para ele, além da dificuldade inicial de realizar a tarefa – cuja extensão foi a mais longa das três, de
Para a enfermeira Elizângela Lira Bonifácio, responsável pela equipe de saúde do programa, o fato de encontrar pessoas que ainda não conhecem a cidade comprovou, definitivamente, a importância e necessidade deste tipo de ação. “É uma população ainda mais carente, mas que ao mesmo tempo consegue sobreviver trocando a pesca por alimentos e por um pouco de aconchego. Apesar de tantas dificuldades, é um povo feliz e acolhedor, disposto a colaborar e orientar, e que busca o atendimento”, avalia. Para ela, agora que a equipe conhece o perfil de cada local e a as características de cada morador, será possível melhorar ainda mais os serviços.
“Esta foi, para mim, a mais gratificante de todas as ações, pois conseguimos chegar a famílias muito distantes e cadastrá-las para receber benefícios sociais aos quais elas têm direito”, observa a pedagoga Lília Maria Gouvêa Bezerra, gestora do Centro de Referência
A pedagoga Neide Leones Pereira, técnica pedagógica da Secretaria Executiva de Educação, destaca a relevância da iniciativa para as crianças ribeirinhas, já que muitas delas estão fora da escola devido à distância e ao difícil acesso ao local de ensino. “Por meio de ações como esta, ampliamos o nosso conhecimento sobre essas crianças, bem como daquelas que estão estudando regularmente, e podemos melhorar o serviço, sempre com o propósito de incluir a todos”, diz. Comovida com a carência presenciada, ela enfatiza que a ação proporcionou, acima de tudo, um grande aprendizado que contribuirá na busca de soluções em educação para a região.
Coordenadora da ação, a pedagoga Elisama de Freitas Cabalhero, assessora da Secretaria de Políticas Sociais, também avalia que esta última foi melhor edição do ano, sobretudo pelo êxito de 100% de atendimento. Para ela, o principal fator que contribuiu para o sucesso absoluto foi a determinação e dedicação dos membros da equipe, que não mediram esforços frente às dificuldades extremas para chegar às famílias. “Temos que destacar a harmonia do grupo e a sensibilidade de todos com o sofrimento das pessoas. Como prova disso, uma integrante da equipe, sensibilizada com o frio insuportável, tirou o próprio agasalho para cobrir uma pessoa que tremia”, conta.
Gesiel Rocha – Subsecretaria de Comunicação Institucional