Corumbá acolhe militares que integraram Missão de Paz no Haiti

O Prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) participou na tarde dessa quinta-feira (24) da cerimônia de boas-vindas aos 31 militares do Exército Brasileiro, pertencentes ao 17º Batalhão de Fronteira, que participaram da Missão de Paz da ONU no Haiti. A solenidade, realizada no pátio da Organização Militar, marcou o reencontro das famílias corumbaenses com os entes queridos que integraram o 13º Contingente Brasileiro no país da América Central.

Em seu discurso, o chefe do executivo corumbaense deu as boas-vindas aos militares e também exaltou a contribuição destes profissionais junto à Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah). "Além do feito, mais do que importante, temos por estes militares um sentimento especial, por terem representado Corumbá e nosso Pantanal no Haiti", disse Ruiter.

O comandante do 17º BFRON, tenente-coronel Marcelo Dutra, relembrou fatos importantes envolvendo a Organização Militar pantaneira. "A história do nosso Batalhão passa pela Retomada de Corumbá e agora se faz presente na recente história, com a missão de paz no Haiti. Antes de aventurarmos nessa empreitada há muitas dúvidas e questionamentos, porém a felicidade de retornar para o lar é imensa, voltamos com o sentimento de dever cumprido", disse o oficial que já possui experiência em missões internacionais. Em 2003 foi chefe de Seção de Treinamento e oficial do Estado Maior no Timor Leste, no continente asiático, e em 2006 como Assistente do Comando de Força de Paz no Haiti.

Os 31 militares passaram seis meses em missão no país da América Central. Outro grupo do 17º BFRON deve desembarcar em Campo Grande no dia 2 de maio e com previsão de chegada ao município pantaneiro no dia 9. Estes militares estarão retornando com a bandeira de Corumbá, que foi doada pelo Prefeito Ruiter ao grupamento em agosto de 2010.

Reencontro

As famílias puderam ter o primeiro contato com os militares após 6 meses trabalho naquele país devastado pelos terremotos de janeiro do ano passado e pela miséria. O cabo Edson Jonas Santos de Matos, de 22 anos, voltou com uma nova visão de sua vida. "As crianças de lá me marcaram muito, pois apesar da pobreza, da fome e de todo o sofrimento que aquele povo passa elas estão sempre sorrindo. Isso nos dava muita força ao ver a alegria daqueles pequenos que gostam muito das tropas brasileiras. Foi uma grande lição de vida", disse o jovem.

O pai do militar, Antenor Santos de Matos, 55 anos, encarregado de vigilância, acompanhava pela imprensa nacional os acontecimentos no Haiti. "Meu filho e um sobrinho estavam naquele país, aconselhei eles a tomarem cuidado, principalmente com a cólera. Conversava muito por telefone e pela internet. Agora meu sentimento é de alívio ao saber que eles estão de volta", comentou.

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