A cantora Angela Maria é a grande atração da Noite da Seresta nesta sexta-feira (06) em Corumbá, na homenagem que a Prefeitura Municipal faz às mães pantaneiras. A festa acontece na Praça da Independência a partir das 20 horas, e terá também como atrativos, artistas da terra. O evento está sendo coordenado pela Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal de Corumbá.
"Estamos retornando com chave de ouro, homenageando as mães pantaneiras, trazendo a Corumbá, a diva da Música Popular Brasileira Ângela Maria", afirmou a diretora-presidente da Fundação Heloisa Helena da Costa Urt. A Noite de Seresta já faz parte do calendário cultural de Corumbá e faz da Praça da Independência, um ponto de encontro da família corumbaense.
Angela Maria, nome artístico de Abelim Maria da Cunha, começou cantando em coro de igreja. Enquanto trabalhava numa fábrica de lâmpadas, participava, às escondidas, de programas de calouros. Adotou o nome de Angela Maria para não ser identificada pela família. Como ganhava todos os concursos, foi cantar no famoso Dancing Avenida e depois na rádio Mayrink Veiga. Em 1951 gravou o primeiro disco. Veio assim o sucesso que sempre a acompanhou. Atuou em cinema, no longa-metragem Portugal, Minha Saudade (1973).
Consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido na década de 30), ao lado de Maysa, Nora Ney e Dolores Duran. Gravou dezenas de sucessos como Não Tenho Você; Babalu;Cinderela; Moça Bonita; Vá, mas Volte; Garota Solitária; Falhaste coração; Canto paraguaio; A noite e a despedida; Gente humilde; Lábios de mel, entre outros.
Em 1996, foi contratada pela gravadora Sony Music e lançou o CD Amigos, com a participação de vários artistas como Roberto Carlos, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros. O trabalho foi um sucesso, celebrado num espetáculo no Metropolitan, e um especial na Rede Globo. O disco vendeu mais de 500 mil cópias.
Foi uma fase muito feliz da carreira da cantora que, no ano seguinte, apresentou o álbum Pela Saudade que Me Invade, com sucessos de Dalva de Oliveira, e um ano depois gravou, com Agnaldo Timóteo, o CD Só Sucessos, também na lista dos cem álbuns nacionais mais vendidos. Após a saída da Sony, Ângela voltou a gravar em 2003, desta vez pela Lua Discos, o Disco de Ouro, com um viés eclético, abrangendo compositores que vão de Djavan a Dolores Duran.