Corumbá quer dar uma destinação adequada ao lixo eletrônico para evitar danos ao meio ambiente, e até problemas graves de saúde em pessoas que acabam tendo contato com este tipo de resíduo, quando descartado de forma inadequada, em lixões. É o que informa a diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Luciene Deová de Souza, adiantando que, dessa forma, a Prefeitura estará atendendo a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil, estabelecida pela Lei Federal nº 12305, aprovada em 05 de agosto de 2010.
“Esta lei regulamenta a destinação dos resíduos e rejeitos gerados no país. Nos próximos dias iniciaremos um levantamento minucioso do quantitativo dos resíduos eletroeletrônicos existentes na cidade, em casa ou mesmo em empresas que trabalham com este tipo de produto, para dar uma destinação correta”, explicou.
Luciene comentou que o levantamento vai permitir à Prefeitura, estimar a quantidade e quais os tipos de resíduos eletroeletrônicos que devem ser descartados. “O trabalho vai atender não só os domicílios, mas também empresas que trabalham com produtos eletroeletrônicos, Vamos levantar e depois encaminhar o material para que seja reciclado de forma correta”, disse.
Lixo eletrônico
O lixo eletrônico é considerado um grande problema socioambiental nas cidades. A substituição de equipamentos eletroeletrônicos tem ocorrido com maior frequência em decorrência da inovação tecnológica e também da obsolescência programada. Isto tem gerado uma grande quantidade de material não utilizado que, sem destinação adequada, acaba junto ao lixo comum.
Por conter em sua composição diversos metais pesados, que causam grande impacto ao meio ambiente e à saúde pública, é imprescindível destinar adequadamente este tipo de material. “Queremos evitar que isto ocorra e queremos que a população participe de forma ativa para evitarmos danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas”, observou. “A intenção é retirar do ambiente, produtos como monitores de computadores, telefones celulares e baterias, computadores, televisores, câmeras fotográficas, impressoras, entre outros já fora de uso”, reforçou.
O descarte é feito quando o equipamento apresenta defeito ou se torna obsoleto (ultrapassado). O problema ocorre quando este material é descartado no meio ambiente. Como estes equipamentos possuem substâncias químicas (chumbo, cádmio, mercúrio, berílio, etc.) em suas composições, podem provocar contaminação de solo e água.
Além de contaminar o meio ambiente, estas substâncias químicas podem provocar doenças graves em pessoas que coletam produtos em lixões, terrenos baldios ou na rua. Estes equipamentos são compostos também por grande quantidade de plástico, metais e vidro, materiais que demoram muito tempo para se decompor no solo.
A reciclagem térmica ou material dos eletroeletrônicos reduz a necessidade global pela extração de materiais virgens, como ferro, alumínio, combustíveis ou metais preciosos (ouro ou prata, por exemplo), assim como a busca por ingredientes tóxicos (como cádmio, mercúrio, chumbo e bismuto), indispensáveis para a produção da maioria dos componentes elétricos presentes nesses produtos.
Deste modo, os subprodutos gerados por esses equipamentos podem ser implementados novamente no ciclo produtivo, reduzindo assim custos e tempo de produção, além de proporcionar benefícios ao meio ambiente e à saúde pública.
Quem desejar destinar corretamente produtos como baterias (até 5 anos de fabricação), telefones celulares, placas de celulares, computadores, bem como produtos da linha de áudio, vídeo e eletrodomésticos, poderão preencher uma ficha que será disponibilizada no site da Prefeitura (www.corumba.ms.gov.br) e encaminhar à Fundação do Meio Ambiente do Pantanal, por meio do e-mail vandatesilva@gmail.com, para que seja feito o levantamento, visando o descarte adequado.