Durante a reunião ordinária do Comitê de Combate a Dengue, realizada na manhã dessa quarta-feira, 16, no Auditório da Prefeitura de Corumbá, o prefeito Paulo Duarte pediu o engajamento de toda a população na luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
De acordo com o chefe do Executivo municipal, as ações desenvolvidas pela equipe da Secretaria de Saúde apresentaram importante resultados. Entretanto, a participação efetiva da comunidade é determinante para que a cidade não enfrente uma situação de epidemia. “Precisamos do envolvimento de todos, não só do Poder Público”, observou.
“Vamos iniciar um trabalho forte de conscientização junto à população. A responsabilidade tem que ser compartilhada entre todos nós”, complementou Paulo Duarte, voltando a comentar a situação dos prédios e construções abandonadas, uma dos principais criadouros do mosquito transmissor da dengue.
Nos casos onde só o diálogo não foi suficiente para sanar o problema, a Prefeitura vai acionar a Justiça. “Vamos buscar mecanismos para que não fique todo ano nessa mesma coisa. E isso não é um problema exclusivo da Saúde Pública. Afeta, e muito, o turismo em nossa cidade”, destacou.
Como exemplo, Duarte citou o prédio onde funcionava o antigo Grande Hotel, no cruzamento das ruas Dom Aquino e Frei Mariano. “Hoje cedo passei por lá e vi que estavam recuperando o edifício. O proprietário nos informou que está executando um trabalho de limpeza completa e restauração”, concluiu.
Números da dengue
Corumbá registrou um índice de infestação do mosquito Aedes aegypti mais baixo do ano. O último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) apontou percentual de 1,7%, bem abaixo dos quatro ciclos anteriores que foram 5,5%, 9,5%, 3,4% e 4,6%.
O levantamento foi realizado em toda a área urbana da cidade, dividida em quatro regiões, conhecidas como estratos. O 1 – formado pelo Arthur Marinho, Centro 1 (entre Edu Rocha e Antonio Maria Coelho), Cervejaria, Dom Bosco e Generoso – ficou com 1,34%.
O estrato 2 – integrado pelo Beira Rio, Centro (da Antonio Maria Coelho até Albuquerque), Industrial, Maria Leite, Previsul e Universitário, apresentou incidência zero. Já o 3, Centro América, Cristo Redentor, Guató, Nossa Senhora de Fátima e Popular Velha – apresentou um índice de 2,56%.
A região com maior incidência foi a do estrato 4, integrados pelos bairros Aeroporto , Guarany, Jardim dos Estados, Nova Corumbá e Popular Nova, que apresentou incidência de infestação de 3,49%.
Por bairro, o Guató, neste quinto ciclo, foi o ‘campeão’ de infestação com 6,67%, seguido da Nova Corumbá com 4,95%, Aeroporto com 4,04%, Nossa Senhora de Fátima com 3,13%, Jardim dos Estados com 2,82%, Arthur Marinho com 2,56%, Popular Velha com 1,82%, Popular Nova com 1,82%m Cristo Redentor com 1,75%, Centro 1 com 1,61% e Dom Bosco com 1,08%. Os demais ficaram com incidência zero.
O levantamento apontou também que os depósitos ao nível de solo continuam sendo os principais responsáveis pelos índices de infestação do mosquito da dengue na cidade: 80,8%. Os depósitos móveis (vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, etc.), foram responsáveis por 15,4%, e os depósitos fixos (calha, laje, ralos, sanitários em desuso, etc.), com 3,8%.