Aberta neste sábado, 1º de fevereiro, a temporada de pesca na calha do Rio Paraguai, em Corumbá, na modalidade do pesque e solte que, a cada ano, atrai mais adeptos a esta pratica esportiva. E o primeiro grupo embarcou na tarde de ontem, dia 31 de janeiro, atrás dos Dourados, Pacus, Pintados, Cacharas e outros peixes da região.
E a expectativa, como não poderia ser diferente, era fisgar muitos exemplares, registrar a conquista dos valiosos troféus com apoio de máquinas fotográficas e filmadoras, e devolver ao Paraguai. Pelos menos mais três grupos devem visitar a região neste mês.
O pesque e solte vigora na região pantaneira desde 2004 e está atraindo um grande número de adeptos a esta modalidade esportiva, movimentando o turismo em Corumbá. Mas, para praticar esta atividade, há regras. Uma delas é a necessidade da licença, como também equipamentos específicos, linha de mão, caniço, molinete, carretilha, anzol e iscas vivas ou artificiais.
Para os pesquisadores, o pesque e solte é uma modalidade esportiva que está ganhando força na região pantaneira. Tudo isto leva a constantes pesquisas. Uma das preocupações diz respeito aos procedimentos corretos para a prática, para avaliar a efetividade do manejo para conservação dos estoques pesqueiros. Trabalhos de pesquisadores revelam uma infinidade de informações sobre esta prática. Uma delas é evitar fisgar o peixe e submetê-lo a uma briga longa. Isto pode levá-lo a um nível muito alto de estresse e até mesmo causar alguma lesão que resultará na morte do animal.
Para os pesquisadores, praticando o pesque e solte da forma correta, um mesmo peixe poderá ser fisgado várias vezes num mesmo período. É preciso agir de forma correta para assegurar a capacidade do peixe de fugir de predadores, se alimentar, crescer e se reproduzir. Isto não ocorreria caso ele fosse abatido, ou devolvido sem condições de sobrevivência ao rio.
Por tudo isso é importante praticar esta modalidade esportiva de maneira correta. Os anzóis, por exemplo, devem ser apropriados para o pesque e solte, e os indicados pelos pesquisadores são aqueles que não têm farpas, já vendidos em lojas do ramo. Mas, os anzóis comuns podem ter suas farpas retiradas ou amassadas. Também é preciso retirar o anzol somente se estiver preso na boca do peixe ou nas regiões externas. É preciso evitar recuperar o anzol quando o peixe engolir.