No período entre março a outubro é permitida a realização da pesca esportiva nos rios da região da bacia pantaneira. Durante a piracema (em janeiro e de novembro a dezembro), a pesca é proibida, já em fevereiro é permitido o pesque e solte, quando os pescadores fisgam o peixe, medem, pesam, tiram fotos, retiram o anzol e devolvem ao seu habitat. A atividade atrai turistas e movimenta a economia da cidade de Corumbá, um dos 65 destinos turísticos indutores do Brasil.
O Pantanal é o destino mais procurado por turistas no estado do Mato Grosso do Sul para a prática da pesca esportiva, em especial os nacionais, interessados em conhecer as belezas da planície pantaneira. A pesca esportiva, que registrou um crescimento de 1,92% nos últimos dois anos, destaca-se entre os atrativos e reforça as atividades turísticas da região.
A atividade movimenta na temporada de 09 meses a economia da cidade de Corumbá, garantindo emprego, direto e indireto, e renda para 990 moradores que trabalham como guias de pesca e prestadores de serviços aos visitantes nas pousadas, hotéis e nos cruzeiros fluviais, comerciais e de esporte, recreio e lazer, exclusivos de pesca esportiva.
Segundo o Observatório de Turismo do Pantanal, núcleo de estudos e pesquisas da Fundação de Turismo da Prefeitura de Corumbá, nesta última temporada foram recebidos 52.045 turistas para a pesca esportiva e injetados cerca de R$ 101 milhões na economia local, somente com os turistas que visitam a região para pesca. Os cruzeiros fluviais comerciais e de esporte, recreio e lazer (que não possui finalidade comercial) puxaram o crescimento da atividade de pesca no município.
Já os pescadores que optam anualmente pelos Polos Turísticos Rurais, estiveram mais sensíveis à instabilidade econômica nacional e alguns reprogramaram a sua viagem de pesca, provocando uma retração de 12%, onde o perfil econômico desses turistas apresenta um nível de renda inferior, se comparados aos consumidores dos cruzeiros fluviais.
Ainda com relação aos Polos Turísticos Rurais, não foram observados pela pesquisa os turistas que utilizam as chamadas 2° residência, também conhecidos na região como “ranchos” que frequentemente recebem amigos e parentes de outras localidades.
De acordo com a Diretora-Presidente da Fundação de Turismo do Pantanal, Hélènemarie Dias Fernandes, o turismo ordenado na região é uma atividade consolidada e importante alternativa de desenvolvimento gerador de renda para a população local.
É cada vez maior o número de turistas e pescadores que se aventuram no pesque e solte do arisco dourado, cuja pesca é proibida em Corumbá durante todo o ano (Mato Grosso do Sul), o esperto pacu e os grandes peixes de couro, como jaús e pintados. Nos últimos dois anos chamou a atenção o aumento do público feminino de 8,4%, que frente a 2013 registrou 1,9%.
Segundo os registros do Observatório de Turismo, dos 320 questionários de campo aplicado, os brasileiros representaram 100% do público da atividade que vem pescar no Pantanal, a partir da cidade de Corumbá.
Brasileiros
Entre os praticantes brasileiros, os mais assíduos continuam sendo os paulistas, além dos visitantes do Paraná e Minas Gerais. Segundo informações de operadoras que trabalham com viagens para os destinos de pesca no Pantanal de Corumbá com cruzeiros fluviais, os pacotes variam de R$ 3,5mil a R$ 4,8mil com hospedagem de turistas que costumam ficar de três a sete dias. Já nas pousadas rurais, o preço médio praticado varia em torno de R$ 1.425,00 e permanência média de 3 dias.