O vento foi propício para fazê-la tremular em local de destaque nesta quinta-feira, 19 de novembro. A Bandeira Nacional, um dos símbolos pátrios do Brasil, teve seu dia lembrado em solenidade no 6º Distrito Naval, em Ladário, com a presença de militares, civis, destes se destacaram crianças e adolescentes de escolas públicas e particulares de Corumbá e Ladário.
Ao som do Hino da Bandeira, o pavilhão nacional foi hasteado. Como parte das tradições navais, uma salva de 21 tiros de canhão foi disparada enquanto os militares se posicionavam em sentido numa postura de respeito. Os exemplares de bandeiras usadas na unidade militar situada em Ladário ao longo do ano foram incineradas, correta forma de descarte daquelas que já se encontram desgastadas pelo tempo.
Para muitos estudantes, toda a ritualística foi novidade, o que mereceu acompanhamento com olhos atentos. Nas mãos, eles carregavam réplicas da bandeira nacional com as quais puderam observar um pouco da história deste símbolo do país.
Conforme a Ordem do Dia nº 07/2015, a atual bandeira entrou em vigor em 11 de maio de 1992 com a inclusão de mais 4 estrelas de novos estados: Amapá, Tocantins, Roraima e Rondônia. A disposição das 27 estrelas é a mesma da vista no céu do Rio de Janeiro da manhã de 15 de novembro de 1889, data da Independência do Brasil.
O mesmo documento esclarece sobre outros elementos da Bandeira Nacional como suas cores e a inscrição ao centro. “A legenda Ordem e Progresso, objetivo da nação, inspirados nos fundamentos do Positivismo de Auguste Comte cujo lema completo é o amor pro princípio e a ordem por base, o progresso por fim incita-nos ao patriotismo e cumprimento de nossos deveres perante à pátria amada”, diz.
“Essa cerimônia é extremamente importante porque estamos homenageando o maior símbolo do país, que é nossa bandeira e a participação de alunos de diversas escolas, tanto públicas como particulares, é muito satisfatório para nós porque temos a oportunidade de, mais uma vez, ensinar um pouco de cidadania a essas crianças que serão os grandes decisores e profissionais do futuro”, observou o comandante do 6º Distrito Naval, contra-almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar.
Márcia Rolon, vice-prefeita e diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, que representou o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, na cerimônia, observou a posição geográfica estratégica do município pantaneiro e como ele influencia para uma exaltação maior dos símbolos nacionais.
“A gente percebe a falta de patriotismo em alguns momentos e o excesso em outros porém sem fundamento, então esse conhecimento da bandeira, o porquê de todas essas estrelas, as suas cores, a simbologia toda que foi retratada aqui e bastante relevante. Isso tem um poder mais forte para nós que moramos aqui na fronteira, o início de nosso território, essa divisa é extremamente importante e que bom que nossos militares mostram esse profundo respeito, servindo como modelos para nossas crianças e jovens”, disse.
A Bandeira
Após a proclamação da República, em 1889, uma nova bandeira foi criada para representar as conquistas e o momento histórico para o país. Projetada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, foi inspirada na Bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret. Aprovada pelo Decreto nº 4, de novembro daquele ano, manteve a tradição das antigas cores nacionais – verde e amarelo – do seguinte modo: um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera celeste azul, atravessada por uma zona branca, em sentido oblíquo e descendente da esquerda para a direita, com os dizeres “Ordem e Progresso”.
As estrelas, que fazem parte da esfera, representam a constelação Cruzeiro do Sul. Cada uma corresponde a um Estado brasileiro e, de acordo com a Lei nº 8.421, de 11 de maio de 1992, deve ser atualizada no caso de criação ou extinção de algum Estado. A única estrela acima na inscrição “Ordem e Progresso” é chamada Spica e representa o Estado do Pará. (Com informações do site do Palácio do Planalto).