Nos dias 12 e 13 de abril, no auditório do Anfiteatro Salomão Baruki, acontece a 6ª Conferência Municipal da Cidade de Corumbá. Os trabalhos serão realizados a partir do tema “A Função Social da Cidade e da Prosperidade” e terá como lema “Cidades Inclusivas Socialmente Justas”.
Durante os dois dias de evento, que é realizado pela Prefeitura, por meio da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico (Fuphan), e o Conselho Municipal da Cidade, o Plano Municipal de Mobilidade Urbana e Rural (PMOB) do município será apresentado à toda a população.
“Essa é mais uma etapa de um longo trabalho iniciado em 2013 e que contou a participação ativa de toda sociedade. Toda a população teve muitas oportunidades para apontar problemas, sugerir alternativas e ajudar a construir uma cidade melhor”, afirmou a diretora-presidente da Fuphan, Maria Clara Scardini.
Segundo Maria Clara, o PMOB é de extrema importância porque condiciona, além do planejamento da cidade, o recebimento de recursos federais voltados para o setor. A Lei 12.587/2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, determina aos municípios o desenvolvimento de Planos de Mobilidade Urbana. O texto de lei busca a integração entre os diferentes modos de transporte e também a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas nos municípios.
“É esse Plano que vai dar as diretrizes para nossa cidade para os próximos 10 anos em todos os assuntos que podemos pensar no ir e vir. Quando falamos em mobilidade falamos nas pessoas quem andam a pé, nas que usam veículos não motorizados como bicicletas, patins, skates, e também nas que utilizam transporte público, veículos particulares, transporte de cargas e demais”, explicou.
Plano Inclusivo
No início deste ano, a Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico de Corumbá promoveu uma série de oficinas participativas sobre o Plano de Mobilidade Urbana em todas as regiões da cidade. Durante o evento, consultores especializados na temática e técnicos da Prefeitura apresentaram os principais dados coletados, como as vias com maior tráfego de veículos, ciclistas e pedestres, quantidade de acidentes entre outros.
“A elaboração do PMOB começou efetivamente em agosto de 2015, com a audiência pública. Desde então foi feito um diagnóstico da mobilidade urbana da cidade, inclusive da zona rural. Passamos pela fase de discutir, junto com a comunidade, as soluções para os problemas encontrados e agora, com a Conferência, vamos finalizar a construção do PMOB”, explicou Maria Clara Scardini.
Além de buscar soluções a curto e médio prazo, o trabalho também foca o desenvolvimento urbano futuro de toda região. As oficinas foram realizadas no CEU Helô Urt, onde participaram moradores dos bairros próprio Jardim dos Estados, Aeroporto, Popular Nova e Nossa Senhora de Fátima; na Escola Clio Proença (área sul) e voltada para as comunidades dos bairros da Nova Corumbá (incluindo Kadwéus e Guanã), Guarani, Guatós e Loteamento Pantanal.
Na Escola Municipal José de Souza Damy, a oficina foi voltada aos moradores do Centro América, Cristo Redentor, Industrial, Maria Leite, Padre Ernesto Sassida, Previsul e Popular Velha; no Sindicato Rural foi direcionado aos habitantes do Centro, Arthur Marinho, Beira Rio, Borrowiski, Cervejaria, Generoso, Dom Bosco e Universitário.
A ação envolveu também toda zona rural de Corumbá, onde a Oficina Participativa do Prognóstico do PMOB foi realizada no Taquaral, atendendo as comunidades deste assentamento, do Paiolzinho, Tamarineiro I e Tamarineiro II; no Distrito de Albuquerque, para os assentados do São Gabriel, Mato Grande e Urucum.