Neste primeiro momento, a Granha Ligas volta a operar em Corumbá com um dos três fornos existentes na usina instalada na cidade. O objetivo é operar com 100% da capacidade até o final deste ano.
“Hoje está muito difícil trabalhar em nosso País por causa de uma série de coisas que não vou enumerar aqui, mas estamos apostando nisso. Na economia da Argentina, por exemplo, que está melhorando bem e acho que vai continuar. Queremos embarcar nessa barcaça dos nossos vizinhos hermanos”, afirmou Manuel Ignacio Martinez Rodriguez, sócio-diretor da empresa.
“A Granhas é uma empresa muito jovem ainda, com 16 anos, e a gente há um ano parados aqui, tivemos todo o cuidado de manter um quadro mínimo de 40, 50 pessoas. Mantivemos essas famílias trabalhando, fazendo algumas coisas, algumas manutenções, e agora com a retomada eles continuarão trabalhando e outros virão incorporar o time da Granha Ligas, juntamente com nosso pessoal corporativo de Minas Gerais, que auxilia muito aqui em Corumbá”, destacou Rodriguez.
O empresário também agradeceu o apoio recebido pelo prefeito Paulo Duarte do governador Reinaldo Azambuja. “O empreendedorismo do governador me surpreendeu muito, porque na situação que está, sabemos o que estão passando os Estados e prefeituras, isso denota uma mentalidade diferente do que está existindo por aí”, prosseguiu.
“O prefeito Paulo (Duarte) também, que já me recebeu muito bem aqui, e sei que podemos contar com ele sempre, assim como com o Marcos Brito (presidente do Sindicarv-MS) que foi um dos ponta de lança nosso nessa história toda”, finalizou o representante empresa produtora de ferro-ligas.
O governador Reinaldo Azambuja, por sua vez, destacou o impacto positivo do empreendimento na economia de todo o Estado. “Reativar uma empresa como essa, parada, isso é um ganho de todos nós. Não é uma vantagem só para o município, para o Estado ou para a empresa”, afirmou, ressaltando também o empreendedorismo e a coragem dos diretores da Granha.
“É num momento de dificuldade que o empresário que tem visão enxerga longe e abre-se mercados importantes. Precisamos entender essa lógica e saber que o Mato Grosso do Sul tem potencial. Temos aqui o melhor manganês do Brasil, isso é um ativo importante. Agregar valor a esse produto transformar ele e exportar, agrega empregos e oportunidades”, continuou. Azambuja lembrou também da diminuição dos juros do FCO empresarial, aprovada pelo Governo Federal e assinado pelo Conselho Monetário Nacional.
“Isso facilita novos empreendimentos, como esse aqui e muitos outros que estamos buscando. A lógica do governo é trabalhar primeiro em facilitar essa interlocução do setor privado empresarial com o governo. Hoje a gente assina aqui também um acordo com Corumbá e Ladário: quem exportar por essas duas cidades tem um diferencial tributário. O Estado está dando incentivo tanto para quem tirar produto pelo porto daqui como pra quem importar por aqui”, concluiu o governador.
Representando a Assembléia Legislativa, o deputado estadual Felipe Orro, também apontou a geração de emprego e renda gerados pelo empreendimento. “Corumbá ganha um presente, que é a geração de emprego num momento em que se retrai a economia. Gostaria de dizer que isso teve muito empenho dos presidentes de vários sindicatos, mas principalmente do Marcos Brito (Sindcarv-MS)”.
“Ele e todo o sindicato estavam empenhados na reabertura dessa empresa. Em num momento em que o Brasil passa por dificuldades, gerar empregos é muito importante e trazer a geração de empregos e gerar riquezas para o Estado todo é mais ainda. E Mato Grosso do Sul e Corumbá ganham e ganham bastante, porque uma indústria desse porte, vai movimentar a econômica local”, concluiu o deputado.