Nesta terça-feira, 25 de abril, foi realizada a 1ª Conferencia Municipal de Saúde das Mulheres. O evento foi realizado pela Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria de Saúde, em parceria com o Conselho Municipal de Saúde e Rede Feminina.
O objetivo da conferência é implementar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, contemplando a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres e as políticas de equidade da população negra (racismo, desigualdades étnico-raciais e racismo institucional); da população LGBT (discriminação por orientação sexual e identidade de gênero/preconceito e estigma social); da população em situação de rua (reconhecimento dessas pessoas como cidadãos de direitos); da população do campo, floresta e das águas (redução de riscos decorrentes dos processos de trabalho e das tecnologias agrícolas). “A saúde da mulher é um tema que se faz cada vez mais necessário ser discutido, por isso nesses cem dias de gestão priorizamos o reparo de equipamentos que impediam a realização de exames e, principalmente, temos o compromisso com a UTI neonatal e a recuperação do centro obstétrico”, elencou o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira.
Como desdobramento da ação municipal, a conferência estadual está prevista para 7 de junho de 2017 em Campo Grande e, a etapa nacional, entre 1 e 4 de agosto, em Brasília. A primeira Conferência Nacional de Saúde e Direitos da Mulher aconteceu em 1986, e após 31 anos retoma a discussão e reúne as mulheres para tornar o SUS em um serviço que atenda a mulher contemporânea. “Para se ter uma idea, realizamos um projeto piloto em Corumbá, realizando o exame preventivo no período noturno, para atender as mulheres que não term disponibilidade de ir ao posto de saúde durante o dia. Tivemos um aumento de 150% nos exames, em relação ao período diurno, isso mostra que a saúde pública tem uma demanda a ser atendida e que precisa se adequar ao público feminino”, destaca o secretário de Saúde de Corumbá, Rogério Leite.
Durante o evento foram realizadas palestras divididas em quatro eixos: O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres; O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres; Vulnerabilidade e equidade na visa e na saúde das mulheres; Políticas públicas para as mulheres e a participação social. “Queremos demonstrar que a saúde da mulher está vinculada a fatores sociais e que muitos problemas podem ser evitados com uma mudança de comportamento”, explica a pesquisadora e palestrante Estela Scandola. O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Ivan Espinosa Coelho, complementa “estamos falando em prevenção e promoção à saúde, pois as características fisiológicas das mulheres precisam ser consideradas até no mercado de trabalho, pois se evitamos infecção urinária, já evitamos uma doença e promovemos a qualidade de vida”.