A Defesa Civil do Município de Corumbá emitiu Boletim de Cessação de Alerta de Risco de inundação gradual do Rio Paraguai. A decisão foi fundamentada nas análises técnicas da Embrapa Pantanal, da CPRM (Serviço Geológico do Brasil), da Agência Nacional das Águas, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), baseada também na régua de aferição de nível de rio do Serviço de Sinalização Náutica do Oeste do 6º Distrito Naval.
O Rio Paraguai atingiu seu ponto máximo no dia 30 de junho, chegando a 4,8 metros de altura. Na data de 23 de maio, quando atingiu os 4 metros, a Defesa Civil emitiu Boletim de Alerta a fim de deixar os ribeirinhos e produtores rurais cientes dos riscos da cheia. No entanto, depois de 30 de junho, foram feitas avaliações nos dias seguintes e constatado que o nível da água começou a declinar.
“Por conta disso, fizemos uma análise nos institutos que fazem a interpretação no comportamento das águas e percebemos que agora o rio vai entrar no período de vazante, ou seja, estamos sinalizando que, a partir de 1º de julho, o nível do rio entrou em processo de declínio e vai ser assim pelos próximos meses, até chegar às condições normais”, afirmou o tenente Isaque do Nascimento, coordenador municipal de Defesa Civil.
Nesse cenário, o ciclo das águas está sendo considerado pequena cheia, conforme codificação caracterizada pela Embrapa Pantanal. Até 4,99 metros na régua é considerada cheia pequena, de 5 a 5,99 metros é cheia normal, e quando ultrapassa os 5,99 metros é avaliada como cheia grande ou super cheia.
“Com isso, as pessoas que têm atividade econômica ao longo do Rio Paraguai e os próprios ribeirinhos podem agora fazer uma reprogramação de suas atividades. O Boletim cessa a preocupação dessa população que agora podem aguardar as condições de normalidade da água, que vai acontecer de maneira gradual”, disse Isaque.
Ele explicou que o período do ano para o nível do rio voltar totalmente à sua altura normal depende muito do ciclo da cheia e da velocidade com que as águas vão descer. A partir de outubro já é possível que o fenômeno aconteça. “A gente acredita que antes de virar o ano já deve estar voltando ao nível normal, que é 2,02 metros de altura”, finalizou o coordenador municipal de Defesa Civil.