A Escola Municipal Clio Proença ficou bastante movimentada na manhã deste sábado, 26 de agosto, com o projeto “Família na Escola Socializando com o Programa Bolsa Família e Acessuas Trabalho”. A ação, promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social, teve como objetivo realizar atualização de beneficiários junto ao CadÚnico do Governo Federal e efetivar novos cadastros. O evento foi voltado a beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Durante a manhã, várias oficinas foram oferecidas, desde aprendizagem de artesanatos a palestras sobre mercado de trabalho.
“Queremos, com isso, aproximar a Assistência Social da comunidade. Estamos levando, além da atualização junto ao Bolsa Família, outros serviços nas áreas de saúde, de qualificação profissional, informações sobre preparação para o mundo do trabalho, além da parte cultural para integrar as crianças da escola com a Assistência Social. É maravilhoso quando a escola abre as portas para a gente e faz esse trabalho em parceria. Essa ação é, na verdade, um conjunto de atividades para atender a esse bairro que precisa tanto desse tipo de serviço”, afirmou Haroldo Cavassa, secretário municipal de Assistência Social.
Para Clinton Pinheiro Sales, diretor da Escola Municipal Clio Proença, o projeto é uma forma de interação entre a comunidade e a administração municipal. “Ajuda muito na comunicação entre os setores, acho isso essencial, tanto da parte do Município quanto do cidadão. As famílias dos estudantes fazem parte do público desse evento, por isso é de suma importância a Assistência Social ficar próxima da Educação porque sem ela fica difícil nossa caminhada”, disse o diretor.
Durante o evento, foram oferecidas oficinas de confecção de colares em malha, pintura facial infantil, limpeza de pele, orientações sobre passe livre intermunicipal e interestadual, esclarecimento a respeito de ações da Energisa, casamento comunitário, orientações sobre DSTs, Aids e hepatites virais, além de distribuição de camisinhas. Houve serviço de escovação bucal, manicure, corte de cabelo pelo Centro de Qualificação Profissional, apresentações culturais, além da participação da Banda Municipal Manoel Florêncio. Os CRAS I, II e CEU promoveram atividades.
“Nosso objetivo é, além de fazer atualização cadastral e novos cadastros junto ao CadÚnico, incentivar aqueles que fizeram o cadastro a irem até o CRAS mais próximo da sua casa para saber qual direito possuem. Nossa ideia é fazer mais dois encontros como este até o final do ano. Queremos no próximo mês fazer outro evento, mas dessa vez pelo Acessuas Trabalho, em outro bairro”, afirmou Adelma Galeano, assessora de Políticas Sociais da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Famílias cadastradas não podem deixar de sacar benefício
Christiane Mendes Carrapateira, coordenadora do CadÚnico e do Bolsa Família em Corumbá, destacou que as pessoas que têm o direito ao benefício do Bolsa Família não podem deixar de sacar o dinheiro. “As famílias que fazem o Cadastro Único muitas vezes não retornam para saber de quais benefícios podem usufruir, por isso, estamos mobilizando essas pessoas. Muitas delas já são cadastradas, mas não sabem que receberam benefícios e esse dinheiro acaba retornando ao Governo Federal. Estamos chamando tanto essas famílias, que não estão sacando seu benefício, quanto àquelas com o direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Essas pessoas precisam atualizar os cadastros para não perderem o direito como beneficiárias”, explicou Christiane. Em Corumbá, cerca de 6,5 mil famílias recebem o benefício do Bolsa Família.
Dona Carlinda Lima da Silva esteve na escola com suas filhas para realizar atualização de cadastro e pesagem do Bolsa Família. Moradora do Loteamento Pantanal, achou a iniciativa “muito boa”. “As crianças se divertem e foi muito boa a oficina de colar em malha. Minhas filhas estudam no Clio Proença e achei interessante essa junção da Assistência Social com a Educação, isso sempre é bom para os alunos e para a comunidade”, disse a beneficiária.
Elizabete Ângela Vitório saiu do Guató, próximo à UPA, para aproveitar a programação. “É muito melhor quando estão aqui mais perto, até porque no sábado a gente tem mais tempo. O que queria mesmo era participar das oficinas. Acho muito bom o trabalho da Assistência Social, especialmente para podermos tirar dúvidas sobre diversos assuntos”, afirmou Elizabete.