Para Ruiter, frigorífico de jacarés potencializa economia e valoriza Pantanal

A entrada em operação do primeiro frigorífico de abates de jacarés do Mato Grosso do Sul – o maior do mundo neste gênero – foi destacada pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira na tarde desta quinta-feira, 21 de setembro. O chefe do Executivo corumbaense participou da cerimônia oficial de inauguração juntamente com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, do senador Pedro Chaves e do governador Reinaldo Azambuja, além de deputados estaduais e federais. O vice-prefeito, Marcelo Iunes, participou da solenidade.

 

“Corumbá completa 239 anos de muitas lutas, conquistas e realizações. Temos mais um motivo para comemorar, festejar e acreditar que o trabalho árduo e a força produtiva, aliados ao engajamento dos poderes constituídos, somados numa direção só, podem muito colaborar para dinamizar o nosso país. Parabenizamos pelo empreendimento, que Corumbá recebe de braços abertos. Esta empresa passa a ser um causa nossa aqui no Pantanal. A inauguração é numa data muito especial para nós de Corumbá. E esse empreendimento permite geração de renda e empregos, movimenta a economia e vai ajudar a divulgar positivamente e potencializando o nosso Pantanal, a nossa querida Corumbá”, afirmou o prefeito num breve discurso.

 

Ao lado do ministro, do governador, do presidente da Caimasul, Raul Amaral, e dos parlamentares das bancadas federal e estadual de Mato Grosso do Sul, Ruiter conheceu toda a estrutura do frigorífico, desde as baias onde ficam as matrizes até o abatedouro.

 

O empreendimento fica às margens da rodovia BR-262, distante aproximadamente 35 quilômetros da área urbana de Corumbá. Está instalado em uma área de 150 hectares. É o único frigorífico no mundo de abate de jacaré inteiramente automatizado. A produção, para mercados interno e estrangeiro, oferece 11 diferentes tipos de cortes de carne de jacaré. A tecnologia empregada permite reaproveitamento total do animal.

 

De acordo com o presidente da Caimasul, todo o trabalho executado no complexo industrial é pautado pelo compromisso de manter o equilíbrio do ecossistema pantaneiro; garantir a conservação da espécie do jacaré do Pantanal e seguir as regras ambientais que regulam o setor. Um fundo vai ser criado para financiar estudos de preservação da espécie.  Será destinado um valor por cada animal abatido pelo frigorifico.

 

Todo o manejo da área de trabalho é sustentável. A água usada nas baias onde ficam os répteis vai para bacias de decantação, onde é tratada e reutilizada. Como todo o corpo do animal tem uma utilidade, não há resíduos. O complexo industrial de criação, abate, industrialização e comercialização da carne e couro de jacarés já está em funcionamento com metade das 240 baias para confinamento do jacaré do Pantanal (Cayman yacare). As matrizes são coletadas na natureza, por meio de um sistema de manejo em áreas monitoradas.

O ciclo de produção no sistema de recria e engorda é de dois anos.  Mas a partir de 18 meses, já há animais no tamanho de abate, em torno de 1 metro e 10 centímetros, 1 metro e 20 centímetros e cerca de oito quilos.  Passado o período de recria e engorda, os animais entram na fase de encaminhamento no frigorífico. Lá vão para abate; processar a carne; separação da pele [couro] que vai para o curtume – também a ser instalado na própria planta – para processamento.

 

O presidente da Caimasul destacou como serão os números da empresa com operação em capacidade plena. Serão 120 mil ovos encubados por ano; 250 mil animais em cativeiros – 240 mil destinados ao abate e 10 mil para matrizes reprodutoras –; 100 mil animais abatidos anualmente; 350 toneladas de carne de jacaré por ano; 100 mil peles [couro] por ano. 150 empregos diretos; 50 milhões de reais em faturamento. O investimento total foi de R$ 35 milhões numa planta com curtume, fábrica de ração para répteis, loja de artesanatos e sede administrativa.

 

Prestigiaram o evento em comemoração ao aniversário da cidade o senador Pedro Chaves, os deputados federais Zeca do PT, Vander Loubet e Geraldo Rezende e os deputados estaduais Beto Pereira, Rinaldo Modesto e Felipe Orro.

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