Conforme o Portal do Empreendedor, estão registradas 102.417 empresas como empreendedores individuais em Mato Grosso do Sul. Em números, Corumbá fica atrás apenas de Campo Grande (com 43.6811), Dourados (com 8.886) e Três Lagoas (com 4.936). Até o final de 2016, havia no município 2.986 empresas na modalidade MEI e a maioria desses empresários está na faixa dos 31 a 40 anos de idade. É o que mostra pesquisa sobre perfil e percepções do microempreendedor individual em Corumbá. O estudo foi realizado pela equipe da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Produção Rural. A pesquisa foi feita com a finalidade de acompanhar a evolução do MEI no contexto socioeconômico, ampará-lo e oferecer suporte para que exerça suas atividades de modo a satisfazer os anseios do consumidor.
Do total de MEI’s no município, 59,34% trabalham em estabelecimento fixo; 26,01% exercem suas atividades porta a porta, em postos móveis ou ambulantes; 5,66% vendem seus produtos e serviços pela internet; 5,53% em local fixo fora da loja; 1,63% televendas; 1,27% pelos Correios; e também 0,57% em máquinas automáticas. Dos inscritos como MEI, até 2016, 47,25% são mulheres, e 52,75% são homens. Em relação à pesquisa feita em 2014, houve um pequeno decréscimo na participação feminina nos negócios. Até o mês de junho/2014 elas representavam 53% no total de inscritos como MEI. Desses microempreendedores, 30,68% possuem entre 31 a 40 anos de idade; 23,34% entre 41 a 50 anos; 16,52% têm entre 51 a 60; 5,67% possuem entre 61 a 70.
As principais atividades desses microempreendedores são: comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios (15,37%); em seguida comércio varejista de mercadorias em geral (7,10%); cabeleireiros (6,43%); lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares (6,43%) e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar (4,09%). Em comparação a 2014, houve um crescimento nas atividades desenvolvidas no comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios; lanchonetes, cassas de chá, de sucos e similares e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para o consumo domiciliar.
A pesquisa indica que, nos últimos anos, houve aumento significativo na abertura de empresas em Corumbá. Para o economista Raul Assef Castelão, gerente de desenvolvimento local da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Produção Rural, isso se deve à melhoria no ambiente de negócios e à necessidade dos desempregados gerarem renda. “O fato de desburocratizar a abertura de empresas, independente do tamanho delas, estimula as pessoas a saírem da informalidade, esse é o principal motivo para o aumento de empresas na cidade. O segundo fato é a questão do cenário econômico macro. Tivemos o primeiro quadrimestre do ano com taxas significativas de desemprego e isso leva as pessoas à necessidade de ganhar dinheiro”.
Por causa da necessidade de geração de renda, essas pessoas que estavam sem emprego começaram a investir no comércio de todo tipo de produtos, especialmente alimentos. Aquelas que apostaram no próprio negócio, passaram a se formalizar. O número de microempreendedores no segmento do gênero alimentício aumentou em função da facilidade em se trabalhar no setor. “Para você vender marmita, por exemplo, você só precisa fazer a comida e comprar a vasilha para entregar. Não precisa de estrutura maior, não precisa de equipamentos industriais. Pela facilidade que é produzir esse tipo de produto, ele sempre é a primeira opção daqueles que estão sem emprego”, afirmou Raul Castelão.