Estudantes da Reme participam de atividades no Dia D de combate ao Aedes

O Dia D de combate ao mosquito Aedes aegypti foi bastante movimentado nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Corumbá. Participaram da ação, nesta sexta-feira (23 de março), 23 instituições que desenvolveram atividades com gincanas, campeonatos de redação, panfletagem, paródias, pinturas, apresentações culturais, exposições de projetos, e outros. Equipes da saúde levaram palestras educativas em algumas escolas e desenvolveram trabalho de confecção de repelente natural. A iniciativa envolveu as Secretarias Municipais de Educação e Saúde.

 

De acordo com o secretário municipal de Educação, Genilson Canavarro de Abreu, “as atividades de conscientização envolvem toda a comunidade escolar. Além desse dia específico, a temática será trabalhada de forma contínua ao longo do ano letivo tendo em vista sua importância”, afirmou.


Para Rogério Leite, secretário municipal de Saúde, envolver os estudantes no combate à proliferação do mosquito é fundamental. “Eles são os principais multiplicadores do conhecimento dentro de suas casas. Através deles podemos alcançar inúmeras famílias e diminuir os focos do Aedes aegypti, melhorando a qualidade de vida de toda a população. A ação junto à Secretaria de Educação só tem a favorecer o município e estimular os moradores a estarem mais atentos aos cuidados dentro das próprias casas”.


Gleidson Fontes da Rosa, responsável pelo Programa Saúde na Escola (PSE) no Município de Corumbá, explicou que a iniciativa municipal parte desse programa que surgiu no âmbito federal. “O PSE é uma iniciativa do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação para fazer integração entre a escola e a Unidade de Saúde do território. A adesão do Município ao programa aconteceu no ano passado, em julho, e, com isso, temos doze ações prioritárias para serem desenvolvidas no decorrer de 24 meses entre as duas Secretarias Municipais”.

 

Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti; de promoção às práticas corporais e atividades físicas e lazer nas escolas; de prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas; de promoção da cultura de paz; de prevenção as violências e acidentes; de identificação de educando com possíveis sinais de agravos e doenças em eliminação; de verificação da situação vacinal; de avaliação antropométrica; de saúde bucal; de saúde ocular; e de saúde auditiva são algumas que compõem o rol de atividades do Programa Saúde na Escola (PSE).

 

Na Escola Municipal Barão de Rio Branco, por exemplo, foram realizadas atividades em cada sala de aula. “Desenvolvemos trabalho de conscientização para os estudantes cuidarem da própria casa, para não deixarem lixo com água acumulada, mas, principalmente, mostrando para as crianças o mal que a doença faz na nossa vida”, afirmou Luiz Alexandro Duarte, coordenador-pedagógico do Ensino Fundamental.

 

“De manhã, os estudantes viram desde quando a fêmea coloca os ovos até o bichinho nascer. As crianças estão sendo conscientizadas desde a pré-escola até o nono ano de que cuidarem do seu quintal é tão importante quanto cuidar do quintal do vizinho porque se eles virem lixo lá, têm que avisar e o lixo que eles observarem, devem juntar para que não haja acúmulo e o mosquito que está do outro lado não chegue até a casa deles”, disse o coordenador.

 

Estudantes da E.M. Pedro Paulo de Medeiros fizeram panfletagem. (Foto: Divulgação)

 

À tarde, as crianças de cinco e seis anos fizeram apresentações com paródias adaptadas de canções infantis conhecidas, falaram sobre a doença e participaram de brincadeiras com a temática. Aprenderam também a fazer armadilha contra o mosquito utilizando açúcar mascavo e fermento. Aos seis anos de idade, o estudante Pedro Henrique dos Santos Pereira, do 1º Ano C, já sabe o quão grave é a dengue. “Ela é uma doença perigosa. Dá febre alta, manchas vermelhas e dores no corpo. Todas as vasilhas e garrafas precisam ficar de cabeça para baixo. Meu tio já teve dengue e ficou muito mal”, relatou o garoto.

 

Na Escola Municipal Pedro Paulo de Medeiros, estudantes realizaram panfletagem com informativo que a própria escola confeccionou. O panfleto explicava como a população pode evitar a proliferação do Aedes aegypti e informava a gravidade da dengue. Enquanto isso, na Escola Municipal Ângela Maria Pérez ocorria o projeto organizado pela equipe pedagógica da instituição. Lá, pela manhã, foi explanado sobre desperdício de água, acúmulo de lixo e doenças relacionadas com isso, incluindo a dengue. À tarde, foi desenvolvida atividade com música.

 

Para a coordenadora Cristiane de Souza Gonçalves, ações como esta são importantes, mas a conscientização contra o Aedes aegypti deve acontecer o ano todo. “Se pelo menos uma ou duas vezes ao mês trabalharmos com os alunos a importância do lixo não ficar a céu aberto, não acumular água, e se tocarmos nesse assunto o ano inteiro, tenho certeza que os alunos vão entender, vão repassar essa informação para suas casas e o número de pessoas picadas pelo mosquito vai diminuir”, opinou.

 

Conforme o Ministério da Saúde, o Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007 pelo Governo Federal. As políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unem, nesse projeto, para promover saúde e educação integral.

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