Vacinação é forma de prevenção contra o tipo mais perigoso de meningite

O Dia Mundial de Combate à Meningite, 24 de abril, foi estabelecido para alertar a sociedade sobre a doença e suas formas de prevenção. O Ministério da Saúde oferece a crianças e adolescentes vacinação contra a forma mais perigosa da doença, que é a meningocócica, causada pelo meningococo, bactéria muitas vezes fatal. Com sintomas parecidos com os da gripe, pacientes precisam ficar atentos e buscar ajuda médica o mais rápido possível.

 

“A meningite é a inflamação da meninge, membrana que recobre o cérebro e o protege. A meninge está sujeita a vários tipos de infecção como alergias e hemorragias. As meningites infecciosas podem ser bacterianas, virais ou fúngicas. Geralmente, quando falamos que alguém está com meningite é a bacteriana, que é a mais grave e mais séria. No entanto, o maior número de casos de meningite é viral, como se fosse uma gripe, mas que inflama as meninges”, explicou o Dr. Emerson Moreira, médico coordenador do Pronto-Socorro e UPA.

 

Conforme ele, a doença, seja ela viral ou bacteriana, se transmite através do contato direto por meio de gotículas de saliva ou espirro. Alguns tipos de meningites são preveníveis com vacinas. A mais grave que pode ocasionar epidemias é a meningocócica. A vacina contra essa doença se chama Meningocócica C e deve ser aplicada aos três meses de vida da criança, depois aos cinco meses e a terceira com um ano de idade.

 

O Governo Federal abriu reforço contra a doença para adolescentes entre 11 e 13 anos, imunização geralmente feita juntamente com a vacina contra o HPV. Somente em caso de surto de meningite é que a vacina é liberada para o restante da população. Em Corumbá, a vacinação do público-alvo chegou aos 70% no mês de março, quando houve a campanha de imunização contra HPV e meningite estabelecida pelo Governo Federal.

 

Os sintomas clássicos da meningite são febre alta, dor de cabeça, vômito e rigidez da nuca que dificulta encostar o queixo no peito, pode ocasionar confusão mental, intolerância à luz e ruído, cansaço excessivo e pode haver manchar na pele. No bebê, os sintomas são febre alta, irritabilidade ou sonolência, choro agudo, podendo haver convulsões e a moleira pode tornar-se tensa ou estufada.

 

Em Corumbá, uma pessoa com os sintomas da doença pode procurar atendimento médico no pronto-socorro ou na UPA. Caso o médico suspeite que o caso se trate de meningite, ele realiza exame onde um líquido é retirado da espinha e avaliado. A coleta para exame é feito na própria cidade e o diagnóstico também.

 

“Há poucos casos de meningite em Corumbá porque temos uma boa cobertura vacinal. A prevenção é a vacina, evitar aglomerações e reforçar os bons hábitos de higiene. Lembrando que todas as meningites podem levar à morte, mas a que mais pode ser fatal e deixar sequelas é a bacteriana. As sequelas variam de surdez, problema psicomotor, dificuldade de cognição, entre outros”, afirmou Dr. Emerson Moreira.

 

Conforme o site Tua Saúde, especializado em informações da saúde, o tratamento para a meningite depende da sua causa, podendo ser tratada com antibióticos, antivirais ou corticoides em meio hospitalar. Dependendo da gravidade da doença, o paciente pode ser mantido na Unidade de Terapia Intensiva. O tratamento deve ser iniciado prontamente para diminuir o risco de complicações com tempo de duração de aproximadamente 5 a 10 dias, e nas primeiras 24 horas do tratamento, o indivíduo deve ser isolado para evitar a transmissão da doença para outros. É importante a vigilância dos seus contatos por um período mínimo de 10 dias.

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