Homenagens à padroeira de Forte Coimbra preservam tradição histórica e cultural

O prefeito Marcelo Iunes participou das celebrações em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Forte Coimbra nesta segunda-feira, 16 de julho. Ao lado da primeira-dama e secretária Especial de Cidadania e Direitos Humanos, Amanda Balancieri Iunes, o chefe do Executivo Municipal acompanhou a procissão em que a imagem sagrada é carregada por uma guarda real com vestimentas de gala da época do Império. O cortejo segue da capela para a vila militar e termina às margens do rio Paraguai.

 

Iunes destacou que a celebração da padroeira de Forte Coimbra fortalece a preservação da memória histórica da fortificação, fundamental para a defesa do Brasil durante a guerra contra o Paraguai. Para ele, também reforça a devoção e a fé que a comunidade da região tem em Nossa Senhora do Carmo. “É uma data importante e a Prefeitura está ao lado da comunidade nesta bela celebração”, disse o prefeito, que visitou as dependências da escola rural da região.

 

Também participou da festa, o diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joilson Cruz. Ele destacou que as comemorações em homenagem à santa padroeira do Forte é uma das atrações que integram o roteiro turístico e cultural de Corumbá. A celebração é organizada pelo Comando da 3ª Companhia de Fronteira Porto Carrero.

 

A data

 

O Dia de Nossa Senhora do Carmo é celebrado com muita fé, pois à santa são creditados milagres durante batalhas contra espanhóis e paraguaios, em 1801 e 1864. Conta a história, que Nossa Senhora do Carmo livrou a guarnição militar do forte (110 homens, cinco canoas e três canhões) de um massacre no dia 17 de setembro de 1801, quando um exército espanhol (600 homens, navios e 30 canhões) tinha ordem de ocupar o lugar na disputa pelo território com Portugal. Após nove dias de batalha, os espanhóis venceram, mas bateram em retirada ao verem a imagem da santa na entrada do forte.

 

Desde então, a imagem passou a ser reverenciada pela população local. A segunda manifestação ocorreu durante a Guerra do Paraguai. No dia 28 de dezembro de 1864, tropa paraguaia com 3,2 mil homens, 41 canhões, 11 navios e farta munição cercou o forte. Os brasileiros (149 homens) resistiram até o segundo dia, quando um soldado exibiu a imagem da santa e os inimigos suspenderam o fogo, permitindo a fuga dos sobreviventes.

 

A mesma imagem, trazida pelo construtor e depois comandante do forte, Ricardo Franco, encontra-se na capela da vila, onde recebe as honras militares. As joias, fotos, dinheiro e condecorações junto a seu manto representam graças recebidas.

 

A fortificação foi construída em 1775 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) 200 anos depois.

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