A Prefeitura de Corumbá segue avançando nas discussões referentes à viabilidade do acesso ferroviário ao corredor bioceânico ligando Corumbá até Antofagasta (Chile), através da Bolívia e Argentina. Por orientação do prefeito Marcelo Iunes, o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Cássio Augusto da Costa Marques, discutiu o assunto com a direção da Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) na quarta-feira, 05 de outubro.
“Tivemos essa reunião com o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, onde discutimos aumento do fluxo de cargas na ferrovia (Malha Oeste). É mais um passo para, efetivamente, colocarmos em prática o Corredor Ferroviário Bioceânico”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Corumbá. A viabilidade do corredor ferroviário também foi apresentada à Superintendência de Transportes Ferroviários e Gerência de Regulação do Transporte Ferroviário. O ministro João Carlos Parkinson de Castro, do Ministério das Relações Exteriores, participou do encontro.
Ainda na reunião com a ANTT foi tratado o acesso da Ferroviária Oriental S.A (da Bolívia) às dependências dos depósitos alfandegados da Granel Química e Transaço. A iniciativa aumentaria em cinco vezes, aproximadamente, a capacidade de transporte que a empresa boliviana opera tanto em importação quanto exportação.
“É mais um passo para aumentar a capacidade e facilitar o acesso da Ferroviária Oriental ao território brasileiro e, com isso, elevamos a capacidade de carga em cinco vezes o que ela transporta hoje, passando de 300 mil toneladas para 1,5 milhão de toneladas na importação e exportação”, completou Cássio. O vereador Manoel Rodrigues também participou da reunião.
Ao destacar a reunião com a ANTT como positiva para a continuidade do processo de viabilização do acesso ferroviário do Brasil ao oceano pacífico, o chefe do Executivo Municipal reforçou que a operação do Corredor Ferroviário Bioceânico colocará Corumbá como centro logístico do continente, uma vez que a Malha Oeste é vital para escoamento da produção usando conexão com os oceanos Atlântico e Pacífico.
“A partir do momento da implantação da Rota Bioceânica, ligando o Mato Grosso do Sul aos portos do Pacífico, vamos ter uma mudança de posicionamento geopolítico do estado. Mato Grosso do Sul passa a ser, dentro do centro da América do Sul, um potencial hub logístico para as exportações para os países asiáticos”, afirmou o prefeito. “Esse é um trabalho que estamos realizando desde 2018”, enfatizou Marcelo Iunes. Corumbá integra o grupo de trabalho que debate a viabilidade do acesso ferroviário e a questão da multimodalidade para a movimentação de cargas.