O vice-prefeito Dirceu Miguéis Pinto participou nesta segunda-feira, 31 de janeiro, da assinatura do Termo de Cooperação efetivado entre o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e a Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (ACERT). Representando o prefeito Marcelo Iunes no evento, Dirceu assegurou o apoio da Prefeitura nas ações de desenvolvimento e ampliação de projetos de preservação, conservação e monitoramento da Serra do Amolar, em Mato Grosso do Sul, e do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense com as atividades do Turismo de Pesca Esportiva, na modalidade Pesque e Solte.
“Eu, como pantaneiro, posso afirmar que a nossa região necessita há muito tempo de uma iniciativa como a que estamos presenciando nesta manhã. A assinatura desse termo de parceria constitui-se verdadeiramente como um marco para que um dos pulmões da humanidade continue respirando firme e forte, tendo como base o arrojo e a determinação de todos nós que hoje somos homens e mulheres pantaneiros”, afirmou o vice-prefeito.
“O prefeito Marcelo Iunes e eu, enquanto vice-prefeito, podemos afirmar que estamos juntos nesta jornada. Que doravante o Brasil e o mundo possa ter notícias maravilhosas da nossa Serra e do todo nosso Pantanal”, prosseguiu Dirceu Miguéis, destacando que o Executivo levará ao Governo do Estado um dos principais pleitos da ACERT, IHP e dos empresários do setor: a cota zero para saída do pescado de Corumbá.
O vice-prefeito também destacou a união entre os empresários do setor e reiterou que o Município está à disposição da categoria. “O gabinete do prefeito Marcelo Iunes, o meu gabinete e também as portas das Fundações de Meio Ambiente e do Turismo estão sempre abertas ao trade turístico”, finalizou Dirceu Miguéis Pinto.
A diretora-presidente da Fundação do Turismo do Pantanal, Elisângela Sienna, e a diretora-presidente da Fundação do Meio Ambiente, Ana Cláudia Boabaid e a empresária Joice Santana Marques também participaram da solenidade. O presidente da Fundação de Turismo do Estado (FundTur), Bruno Wendling, foi representado pela diretora de Promoção e Mercado da Fundtur, Karla Cavalcanti.
Cooperação
O presidente do IHP, coronel Ângelo Rabelo, explica que não tem nenhuma legislação que determina fazer a captura e soltar. É uma iniciativa procurando construir uma estratégia de médio e longo prazo. “Foi justamente o processo de amadurecimento que, de forma voluntária, a ACERT começou a discutir com o IHP ações conjuntas que evoluíram para práticas que são sustentáveis. O pescado vai ser monitorado para efeito de avaliação do que está sendo capturado e solto. Além disso, vamos identificar a localização deste pescado. A partir daí, construímos um processo junto com a comunidade, além de sustentável para todos os atores. Estamos caminhando com um pé no presente e outro no futuro e para isso trazendo a parceria do ICMBio e CEPTA (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais) para fortalecer as estratégias”, afirmou.
O presidente da ACERT, Luiz Martins, afirma que a parceria vai permitir que as pessoas enxerguem o turismo de pesca como parceiro da preservação. No ano passado, por exemplo, o pesque e solte assegurou que 160 mil peixes não fossem retirados do Rio Paraguai. Esta quantidade de peixes equivale a aproximadamente 270 toneladas. “A ACERT busca pela sustentabilidade desde a sua fundação. Aqui, já chegamos a adotar uma cota de pescado abaixo do que a legislação previa. Nós somos os maiores aliados da preservação do Pantanal e suas espécies. Além disso, o turismo de pesca gera renda para a comunidade ribeirinha. Hoje, 95% das iscas, são isca viva. Ou seja, os turistas compram as iscas da comunidade e, assim, gera uma renda significativa, assegurando sustentabilidade para as famílias. E falando em família, demos um salto de qualidade na infraestrutura dos barcos hotéis e com isso, assegurando mais conforto e a procura por mais famílias de turistas para a atividade da pesca”, afirma Martins.
Ainda segundo Martins, “a modalidade Pesque e Solte amplia a conscientização de seus praticantes para com a manutenção do meio ambiente e da consequente preservação das espécies de peixes a serem capturados, pois eles são o alvo, o princípio, a sustentação do esporte. Diante dessa conscientização a modalidade, a mais adotada na pesca esportiva, é reconhecida, hoje, em todo o mundo, como prática esportiva ecologicamente correta, uma vez que pouco dano causa ao ecossistema, fazendo de seus praticantes e agregados fortes aliados à preservação ambiental”.