Para prefeito, ferrovia favorece integração das economias do Brasil e da Bolívia

A efetiva entrada em operação da Ferrovia Transamericana trará inúmeros benefícios para Corumbá. A avaliação é do prefeito Marcelo Iunes durante a Reunião Bilateral de Desenvolvimento Ferrovia Brasil-Bolívia, realizada ao longo da tarde desta segunda-feira, 30 de julho, no Centro de Convenções.

 

“Além dos benefícios já conhecidos, como a criação de emprego, baixo custo de transporte e a tão buscada sustentabilidade, as ferrovias promovem a integração das regiões e minimizam as distâncias. Nesse contexto, a Transamericana irá integrar as economias do Brasil e da Bolívia, passando por Mato Grosso do Sul e Corumbá”, disse o chefe do Executivo Municipal durante discurso.

 

Iunes antecipou que a administração municipal está fazendo sua parte para permitir que o corredor ferroviário se torne realidade. “Estamos em vias de destinar uma área no perímetro urbano da cidade para o embarque e desembarque de mercadorias, com a finalidade de facilitar as operações internacionais na fronteira. Também estamos finalizando um projeto de revitalização do entorno da antiga ferroviária, porque acreditamos que um povo sem memória é um povo sem história”, disse.

 

O prefeito afirmou ainda que a concretização da Ferrovia Transamericana permitirá a retomada da “essência cosmopolita de Corumbá e seu povo, uma vez que irá transcender a divisão geopolítica do país”. Marcelo Iunes destacou que sua gestão se empenha em concretizar “tudo o que for para beneficiar Corumbá”.

 

No encontro foram apresentados estudos já realizados sobre o projeto, que envolve desde a viabilidade econômica das malhas viárias existentes, os regimes regulatórios do sistema de transporte de cada país, leis aduaneiras e infraestrutura de transbordo e intermodal existentes.

 

Também participaram da reunião o ministro de Obras Públicas, Serviços e Habitação da Bolívia, Milton Claros; o ministro João Carlos Parkinson de Castro, chefe da Coordenação-Geral de Assuntos Econômicos de Latino-Americanos e Caribenhos ( CGLAC/MRE); o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun; o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck; e o prefeito de Ladário, Carlos Ruso. 


O projeto da Ferrovia Transamericana

 

O projeto da Ferrovia Transamericana – modal logístico que engloba 1,6 mil km de ferrovia, ligando o Porto de Santos a Corumbá e outros 600 km dentro da Bolívia, totalizando 2,4 mil km de linha férrea.

 

A Ferrovia TransAmericana desponta como um corredor logístico integrado, conectando terminais, ferrovias e portos, entre eles o Porto Seco de Três Lagoas (em andamento) e o Porto de Santos. Com ramais que vão da fronteira com a Bolívia até São Paulo, os produtos dessa região ganhariam patamar internacional, chegando a muitos países importadores.

 

Estudo de viabilidade econômica demostrou potencial para que a ferrovia escoe celulose, grãos (soja, milho e farelo), combustível, fertilizantes, ferro-gusa, minério de ferro, ureia, madeira e açúcar. Ainda não há uma estimativa de carga anual.

 

A viabilidade da ferrovia, no entanto, depende de vários fatores como a prorrogação por mais 30 anos da concessão da Ferroeste; de um roadshow com empresários e do financiamento do empreendimento orçado previamente em US$ 2 bilhões.

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