O Pronto-Socorro em Corumbá conta com cerca de 18 técnicos em enfermagem especializados no atendimento de urgência e emergência. Além de auxiliar médicos e serem coordenados por enfermeiros, esses profissionais podem atuar de várias maneiras, prestando serviço de saúde aos pacientes quando não é exigido procedimento invasivo. No Pronto-Socorro, eles trabalham em setores como sutura, realizam eletrocardiograma, atendem pacientes na sala de repouso, fazem massagem cardíaca, atuam na área de medicação e demais segmentos da urgência e emergência.
Kátia Maria Nascimento da Silva, técnica em enfermagem há 27 anos, trabalha como servidora da Prefeitura de Corumbá há dez anos, sendo seis deles atuando no Pronto-Socorro. Casada com suboficial da Marinha do Brasil, a profissional já morou em outras cidades, mas, depois que o marido foi para a reserva, ela passou no concurso e fixou de vez residência em Corumbá. A técnica afirmou que não pretende sair do campo da urgência e emergência que, para ela, é bem mais instigante.
“Eu amo trabalhar aqui. Já trabalhei em Unidades de Saúde, mas não me identifiquei, achei muito parado. Como no Rio de Janeiro também trabalhei em pronto-socorro, quando cheguei aqui fui trabalhar em centro cirúrgico e é tudo muito rápido, além disso, você não se apega muito ao paciente. Eu sou muito emotiva e choro muito, por isso, o pronto-socorro para mim é melhor. São dois setores que me identifico: pronto-socorro e centro cirúrgico. Amo meu trabalho”, afirmou Kátia.
Ela explicou algumas das formas de atuação no setor. “Fazemos na verdade a administração de medicamentos e sinais vitais. O técnico em enfermagem dá suporte ao enfermeiro. O eletro não é um procedimento invasivo e, por isso, o técnico em enfermagem pode fazer. O técnico punciona veia, faz curativos e administração de medicamentos. Ele ajuda nos casos emergenciais, ajuda os médicos quando chegam pacientes para sutura”.
No mês de maio, comemora-se o Dia da Enfermagem, estabelecido no dia 15. No entanto, no Brasil inteiro o mês é uma oportunidade para realização de eventos voltados a enfermeiros e técnicos em enfermagem, lembrando o papel fundamental desses profissionais na promoção e prevenção em saúde. Em Corumbá, a Semana da Enfermagem está sendo organizada para acontecer na primeira semana de junho. Para Kátia, trabalhar com enfermagem representa muito mais do que uma profissão.
“Sem demagogia, acredito que mesmo se eu tivesse muito dinheiro, continuaria trabalhando nisso porque eu amo a minha profissão. Você não imagina como é gratificante chegar alguém falando na minha sala que está com ferimento, com dor, e a gente ter aquela sensação gostosa de poder ajudar. É muito gratificante quando a gente consegue, com auxílio do médico, ajudar alguém a se salvar”, afirmou Kátia.
“Enfermagem para mim é como ser mãe porque quando você cuida do paciente, ele está precisando muitas vezes de amor. Ele até poderia ir a uma Unidade Básica de Saúde, mas ele quer ser atendido rápido, quer receber atenção. Só em a gente conversar com ele, já fica bem. Ele olha nos olhos e isso é muito gostoso. Eu faço como se estivesse cuidando de um dos meus filhos, que não moram aqui. Não mudaria de carreira”, destacou a técnica.
Muito sorridente e de alto astral, a profissional não deixa a fé de lado ao exercer a profissão. “Se a gente não fizer tudo com amor, será tudo em vão. Em 1ª Coríntios 13, o apóstolo Paulo fala que ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como metal que soa ou sino que tine. Em tudo temos que ter amor porque ele é a base de tudo”, finalizou Kátia Maria.