A Prefeitura de Corumbá iniciou o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), serviço que vai permitir para detectar a incidência de infestação do mosquito transmissor da dengue e de chikungunya na região urbana de Corumbá.
O trabalho começou na segunda-feira e prossegue até amanhã, quarta, dia 28 de outubro, e está sendo desenvolvido pelas equipes de agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). O levantamento será importante para estabelecer as ações de prevenção e combate dessas duas doenças na cidade.
Paralelo a isso, na manhã desta terça-feira, 27, equipes da Secretaria de Saúde aliada à Secretaria de Assistência Social e Cidadania, realizou no centro da cidade, uma ação de combate a vetores de doenças como a dengue, leishmaniose e chikungunya.
A coordenadora de Controle de Vetores e Endemias, Grace Bastos, explicou que o agente comunitário da área, além de verificar o terreno, está eliminando a larva do mosquito e fornecendo orientações aos moradores das residências.
“É feito uma análise do histórico daquela família, se a carteira de vacinação das crianças está em dia, se já recebem o bolsa família, e se há moradores em situação de rua, próximo ao local visitado, pois caso haja, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da região é acionado”, pontua Grace.
Ainda segundo Grace, só em um imóvel foram encontrados focos do mosquito Aedes aegypti, tanto a larva, como o mosquito adulto. “Estamos eliminando todo tipo de lixo encontrado, passamos com o carro fumacê e já conversamos com os moradores para saber se por acaso, alguém viajou recentemente para Bolívia, onde já foi constatado grande surto da chikungunya”, comentou.
A intenção de toda a equipe é conversar com os moradores com muita delicadeza e paciência para que eles possam compreender que o lixo acumulado no quintal traz a doença para dentro da casa deles. “A Prefeitura não tem medido esforços e, de sol a sol, vem fazendo esse convencimento com a população”, finalizou.
Na residência de Silvana Jéssica, de 24 anos, a jovem convive com o marido e os três filhos. Lá, o quadro não foi animador. Os agentes encontraram a larva de mosquito Aedes Aegypti dentro da residência. “Eu reconheço que não tenho tido o cuidado necessário com a minha casa e o meu quintal”, disse a jovem, que não apresentou resistência em relação à presença da equipe e ainda prometeu colaborar com os agentes e a ação da Prefeitura, que visa o bem estar de todos.
Durante a visita, os agentes identificaram um grau alto de vulnerabilidade da família, além de detectar que eles apresentavam requisitos para a concessão do benefício, mas não estavam cadastradas em programas sociais, como o Bolsa Família.