No próximo sábado, 25, será realizada uma blitz educativa na BR-262 para alertar usuários da rodovia sobre o grave problema do atropelamento de fauna na região do Pantanal Sul. A ação ocorrerá no Posto Guaicurus da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no km 600, próximo a Miranda, a partir das 08 horas da manhã.
O atropelamento de animais foi o tema escolhido por causa das inúmeras espécies que vivem no Pantanal, algumas ameaçadas de extinção como tamanduá-bandeira, que muitas vezes transitam pela pista e acabam se envolvendo em acidentes.
Na blitz, os motoristas receberão materiais informativos, uma flanela de limpeza e um lixocar para incentivar o recolhimento do lixo e o descarte no local correto, pois o lixo nas estradas prejudica o meio ambiente e pode atrair animais para a rodovia causando acidentes.
A ação é promovida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI). As entidades são responsáveis pela Gestão Ambiental da rodovia entre os municípios de Anastácio e Corumbá e realizam o projeto “BR-262/MS – Faço parte deste Caminho”. A PRF de Mato Grosso do Sul apoia a ação.
O projeto
O Projeto de Gestão Ambiental das Obras de revitalização na rodovia BR-262/MS, entre Anastácio e Corumbá, é realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em cooperação com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI), com o objetivo de cumprir as condicionantes para a emissão e/ou manutenção das licenças requeridas por órgãos ambientais.
Entre os programas desenvolvidos pelo projeto está o Programa de Monitoramento de Atropelamento de Fauna. O monitoramento é realizado por pesquisadores da (UFPR/ITTI) e cataloga os animais atropelados entre Anastácio e Corumbá. Uma vez por semana um integrante da equipe percorre o trecho de 284 km entre os dois municípios para levantar esses números.
Com base nos dados e pesquisa com usuários da rodovia, a UFPR/ITTI fez a Proposta de Dispositivos de Proteção à Fauna, que inclui em seu programa a implantação de radares nos trechos onde ocorrem mais atropelamentos, além da colocação de telas e do corte da vegetação mais densa que prejudica a visibilidade do motorista. Até o momento 20 radares já foram instalados.