Diagnóstico aponta o perfil dos microempreendedores corumbaenses

As micro e pequenas empresas tem se destacado no cenário econômico brasileiro, sendo reconhecidas como a grande responsável pela geração de emprego e renda nos municípios, elemento fundamental no processo de desenvolvimento local. Baseado nisso, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Indústria e Comércio, fez um diagnóstico da presença do Microempreendedor Individual (MEI) de Corumbá, com características do seu perfil e as principais atividades econômicas exercidas.

 

Do total de inscritos no programa, 53% são mulheres. “Fato este que evidencia a percepção de maior atuação da força feminina nos negócios”, explicou o economista Raul Assef Castelão, gerente de Fomento e Produção Industrial. A maioria dos microempreendedores (30%) possuem entre 31 a 40 anos de idade. Outros 27% estão na faixa etária entre 41 e 50 anos e 26% de 21 a 30 anos.

 

“Centro, Dom Bosco, Aeroporto e Universitário são os bairros da cidade com maior presença de MEI. Do total de inscritos, 66,11% informaram trabalhar em estabelecimento fixo e 22,51% exercem suas atividades porta a porta, em postos móveis ou ambulantes”, continuou Assef. A principal atividade exercida é o Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios, setor que responde por 11% do total

 

O Comércio Varejista de Mercadorias em geral, com predominância de Produtos Alimentícios – Minimercados, Mercearias e Armazéns – chega a 10%; Cabeleireiros (8%), Lanchonetes, Casas de Chá, de Sucos e Similares (6%) e Fornecimento de Alimentos preparados preponderante para consumo domiciliar (4%) são as outras principais atividades exercidas pelos pequenos empreendedores.

 

“Percebendo a importância do MEI, sobretudo na geração de emprego e renda, a Prefeitura de Corumbá realizará o Programa “Negócio Legal”, como uma oportunidade para a formalização e capacitação, desta classe empreendedora, tão importante para o Desenvolvimento Local”, destacou o secretário municipal de Indústria e Comércio, Pedro Paulo Marinho de Barros.

 

Segundo ele, o município passou a ter um número de abertura de empresas significativo nos últimos anos, que em parte, é fruto da formalização do microempreendedor individual como nova forma jurídica de empresa. “Para termos um exemplo, os números contabilizados pela Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul (JUCEMS) em 2010 são de 648 novas empresas, onde 418 empresas deste montante pertencem à modalidade MEI”, detalhou Pedro Paulo.

 

De acordo com o Portal do Empreendedor do Governo Federal, o Microempreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria de forma legalizada. As principais características desta categoria são: faturamento anual de até R$ 60.000,00; impossibilidade de participar de outra empresa como sócio ou titular; contratação de apenas um funcionário que receba um salário mínimo ou o piso da categoria profissional.

 

Em todo o Mato Grosso do Sul, foram 15.200 novas empresas abertas como empreendedores individuais em 2010. Até fevereiro deste ano, o número de inscritos já passa dos 44 mil, segundo a JUCEMS.

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