Uma experiência bem sucedida na Alameda Vulcano está sendo levada para outras localidades da área urbana de Corumbá. Nesta semana, o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) lançou o projeto Agente Comunitário Ambiental no bairro da Cervejaria e na Alameda Hawai, para garantir a conservação e limpeza das duas regiões localizadas na orla portuária, onde as dificuldades de acesso de veículos dificultam a execução dos serviços de coleta de lixo. O anuncio foi feito durante solenidade, na última segunda-feira (27), de lançamento do pacote de obras no valor de R$ 11,1 milhões para o município.
Somente no projeto, desenvolvido pela Secretaria Executiva de Meio Ambiente, ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Integrado, a Prefeitura Municipal prevê investimento de R$ 32 mil. Dias atrás, o Município concluiu um curso de capacitação atendendo 20 moradores da região. A iniciativa visa à contratação de dois moradores do próprio bairro que farão o trabalho de conscientização ambiental em toda a comunidade. A iniciativa deve beneficiar mais de 2,2 mil pessoas que residem na Cervejaria.
Para facilitar a coleta de lixo pelo caminhão, serão instalados contêineres em pontos estratégicos. A secretária executiva de Meio Ambiente, Luciene Deová, explicou que o trabalho dos agentes será justamente o de conscientizar os moradores a manter a limpeza, depositando o lixo nos recipientes nos dias em que ocorre a coleta, serviço de responsabilidade da empresa Unipav, parceira da Prefeitura. A coleta é realizada três vezes por semana (segunda, quarta e sexta-feira) e, mesmo assim, diante das dificuldades de acesso, não atende todas as ruas do bairro, deixando algumas alamedas e becos desprovidos do serviço, o que acaba resultando em descarte incorreto.
"O projeto surgiu da necessidade de se criar alternativas para melhorar a conservação e limpeza dos bairros daquela região, onde o acesso dificulta a execução dos serviços de limpeza publica, e tem como filosofia o envolvimento das comunidades em sua execução", explicou a secretária, acrescentando: "Tanto é que um dos requisitos para ser um agente ambiental comunitário, é o de não possuir renda e ser morador do bairro, criando assim um vínculo entre ele e a comunidade".
Ainda de acordo com Luciene, com a decisão do prefeito, o Município está buscando alternativas técnicas, administrativas e sociais que possam proporcionar qualidade de vida e mudança de comportamento aos moradores da Cervejaria e da Alameda Hawai, "transformando cidadãos em agentes disseminadores de informações ambientais, visando à inserção da comunidade em ações socais e ambientais sustentáveis".
A secretária lembra que, além de possibilitar geração de renda, o projeto promove integração e incentivo à comunidade nas campanhas e ações que possibilitem o desenvolvimento socioeconômico e a mitigação dos impactos ambientais decorrentes da destinação inadequada dos resíduos sólidos. "O principal ganho ambiental será a redução dos pontos de bolsões de acúmulo de lixo, preservando assim o meio ambiente local, resultando em uma melhor qualidade de vida para a população", observou.
O mesmo projeto será desenvolvido no bairro Beira Rio. O "Gari Comunitário", como foi batizado, já é desenvolvido com sucesso na Alameda Vulcano e resolveu um dos graves problemas daquela localidade, localizada às margens do Rio Paraguai. A partir de então, o lixo tem destino correto e não mais fica a céu aberto. Por meio dele, a Prefeitura aposta na redução sensível do despejo de resíduos nos terrenos baldios, ruas, alamedas e até mesmo na própria Cacimba da Saúde, evitando a proliferação de doenças, especialmente no período chuvoso.