Marcos Boaventura |
O desfile dos quatro cordões carnavalescos de Corumbá, na noite desta terça-feira, 24 de fevereiro, rememorou a época em que a folia de Momo guardava uma certa ingenuidade como característica. A avenida General Rondon, passarela do samba pantaneiro, foi o palco de príncipes; princesas; arlequins; pierrôs e colombinas. Público estimado em 15 mil pessoas, pela Polícia Militar, acompanhou o Carnaval Cultural e à apresentação dos cordões.
Corumbá é uma das únicas cidades brasileiras a manter viva a tradição dos cordões carnavalescos. A administração do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) trabalha o resgate dessa manifestação cultural desde o ano de 2005.
Quem foi à Avenida viu de perto as apresentações emocionantes do Cravo Vermelho, fundado em 1944; do Paraíso dos Foliões, criado em 1933; Cinelândia, surgido em 1960, e o Flor de Corumbá, que nasceu no carnaval de 1993.
Os cordões carnavalescos de Corumbá nasceram em Ladário em 1922, onde também surgiu o primeiro bloco, organizado pelos militares da Marinha. Até 1942, a cidade tinha os seguintes cordões: Pomba Voou; Rojão da Mocidade; Pau Rolou; Sempre Viva; Filhos da Lua; Cana Verde; Mensageiro do Amor; Flor de Corumbá; Diabos do Céu; Paraíso dos Foliões; Cravo Vermelho; Bola de Ouro; Cravo Branco; Cordão da Vitória; Pimpolhas do Oriente; Pingo de Amor; União Marítimos; Cidade Branca; Cidade Jardim e Ala Feminina dos Marítimos. O número, ao longo das décadas de 80 e 90 – do século passado –, foi reduzido a somente um, com a permanência do Flor de Corumbá.
Dados históricos dos cordões carnavalescos baseados em registros do Jornal Tribuna, de 1951 e, do livro “Corumbá Figuras e Fatos”, de Renato Báez, de 1963.