O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou um caso de raiva animal na área urbana de Corumbá no final da tarde de quarta-feira, 18. Trata-se de um cachorro que veio a óbito no dia 13, sexta-feira.
O caso foi descoberto por um agente de endemias durante o trabalho de rotina, que comunicou o fato ao CCZ. A cadela ainda estava viva, mas apresentando alterações sugestivas de raiva animal. Quando a equipe chegou ao local, já estava morto.
Foi feita a coleta de material encefálico e encaminhado para Campo Grande. O resultado chegou no final da tarde de quarta-feira, 18.
Em virtude disso, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, adotou um conjunto de ações para evitar o avanço da doença na região, seguindo orientações do Ministério da Saúde.
Nesta quinta-feira, 19, foi feito o bloqueio de foco, comunicação do caso às unidades de saúde da região, inclusive à Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas – UPA – 24 Horas (o novo Pronto Socorro da parte alta da cidade), ao Pronto Socorro Municipal, aos agentes comunitários de saúde da região, às organizações não governamentais e à própria imprensa.
Já no sábado, 21, a Prefeitura realiza uma campanha de vacinação contra a raiva animal, em cães e gatos, na região da Nova Corumbá. A imunização será das 07 às 13 horas, de casa em casa.
Além disso, vai ser realizada a captura de cães não domiciliados que serão encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses onde permanecerão por um período de três dias, aguardando o proprietário, com a carteirinha de vacinação do animal, para ser liberado.
Diante disso, a Prefeitura solicita apoio da população para manter seus animais dentro de suas casas, evitando que fiquem soltos pelas ruas, sujeitos inclusive ào contágio, diante da circulação viral na cidade.
Além disso, a Prefeitura aguarda também o resultado de exames laboratoriais que vão apontar qual o tipo de vírus que está circulando na região, que já sendo feito em Campo Grande.
A doença
A raiva é uma doença infecciosa que afeta os mamíferos causada por um vírus que se instala e multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde se multiplica e propaga. Por ocorrer em animais e também afetar o ser humano, é considerada uma zoonose.
A transmissão se dá do animal infectado para o sadio através do contato da saliva por mordedura, lambida em feridas abertas, mucosas ou arranhões. Não existe cura, inclusive no ser humano infectado.
