Corumbá lembra Dia de Luta contra Hepatites com ações no João de Brito

Para lembrar o Dia Mundial de Luta contra a Hepatites Virais, Corumbá está realizando durante toda esta quinta-feira, 28 de julho, testes para diagnóstico da hepatite C. A ação acontece no Centro de Saúde João de Brito, como parte do Programa Municipal de DST/AIDS e Hepatites Virais desenvolvido pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Corumbá.

 

O Dia Mundial é celebrado hoje, 28, e segundo Antônio Ruiz, coordenador do programa, além da realização de testes, serão ofertadas também vacinas para hepatite B. “Será uma ação mais interna e, amanhã, sexta-feira, vamos estar fazendo distribuição de preservativos e panfletos informativos na feira livre da Rua Wenceslau de Barros, com orientações quanto aos cuidados para pessoa não ser contaminada pelo vírus”, reforçou.

 

O coordenador lembra que um grande problema em relação às hepatites é que o paciente acaba abandonando o tratamento. “O primeiro passo é fazer o teste. Se a doença for detectada, é preciso fazer o tratamento até o final”, explica.

 

Ele alerta sobre a importância da higiene, com utilização de materiais limpos esterilizados em ambientes como salões de beleza, como forma de prevenção das hepatites, principalmente para as manicures, pedicures e as depiladoras. “O contato com o sangue contaminado é a forma mais comum de transmissão das hepatites virais, que nem sempre apresentam sintomas”, lembra.

 

Saiba mais:

 

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo estimativas, bilhões de pessoas já tiveram contato com vírus das hepatites e milhões são portadores crônicos.

 

São doenças causadas mais comumente pelos vírus A, B, C ou D, que provocam inflamação no fígado. São silenciosas, pois nem sempre apresentam sintomas. Além disso, têm grande importância pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e evolução para formas crônicas, podendo levar à cirrose e ao câncer de fígado.

 

As hepatites A e E são transmitidas pela contaminação das mãos levadas à boca e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos.

 

Já as hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue, esperma e secreção vaginal através da relação sexual. Dessa forma a transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens; instrumentos utilizados em uso de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas, acidentes com exposição de material biológico e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, em que não se aplicam as normas adequadas de esterilização.

 

A grande maioria das hepatites não apresentam sintomas ou então, apresentam sintomas como febre, mal estar, desânimo, dores musculares, icterícia (conhecida popularmente como amarelão), urina avermelhada e fezes claras, podendo evoluir para cirrose e até a morte da pessoa contaminada.

 

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Estimativas do Ministério da Saúde indicam que milhões de brasileiros são portadores do vírus B ou C sem que tenham conhecimento. As duas variações da doença podem evoluir e causar danos graves ao fígado, como cirrose e câncer.

 

Os vírus que causam as hepatites diferem entre si, com evolução e tratamentos específicos. Para as hepatites A e B, há vacinas disponíveis na rede pública. Não há vacina para a hepatite C.

 

O Programa Municipal de DST/AIDS e Hepatites Virais funciona no Centro de Saúde João de Brito, localizado na Rua Cyríaco Félix de Toledo, 1670, Bairro Aeroporto. Mais informações pelo telefone (67) 3907-5379.

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