O Núcleo de Programas de Inclusão Escolar e Diversidade, vinculado à Secretaria Municipal de Educação, realizou o “Arraiá do AEE”. A festa aconteceu na manhã desta quinta-feira, 06 de junho, no CAIC Padre Ernesto Sassida. O evento reuniu professores das salas de Atendimento Educacional Especializado do Município de Corumbá, pais e alunos. A proposta foi encerrar o semestre letivo oferecendo essa atividade como forma de confraternização e entretenimento, a fim também de que cada sala de AEE pudesse conhecer um pouco da vivência de cada uma. As atividades das aulas especializadas entram de férias amanhã, 7 de julho, junto com o calendário letivo municipal.
As salas de AEE são compostas de pedagogos que têm conhecimento na área e realizam cursos na área da educação especial. Atualmente, há seis salas de AEE na zona urbana. Essas aulas são oferecidas nas escolas municipais Almirante Tamandaré, Cássio Leite de Barros, José de Souza Damy, Luiz Feitosa Rodrigues, Tilma Fernandes e no CAIC. Na zona rural, há duas instituições oferecendo as aulas especializadas: a Escola Municipal Rural Paiolzinho e Escola Municipal Rural Monte Azul. Cerca de dez profissionais trabalham nessas salas e vale ressaltar que no CAIC funcionam quatro dessas salas multifuncionais.
Silvana de Araújo Arruda, supervisora do Núcleo de Programas de Inclusão Escolar e Diversidade, explicou que os alunos participam das aulas de AEE no contraturno escolar. Aproximadamente 150 estudantes frequentam essas salas. “É uma suplementação do ensino regular. Se o aluno é deficiente visual, ele vai aprender o braile, o soroban, se tem deficiência auditiva, vai aprender libras, por exemplo”, afirmou Silvana.
A supervisora do Núcleo afirmou que é importante os alunos participarem dessas aulas para melhorar a escolarização deles. Para ela, o desenvolvimento dos estudantes com deficiência melhora bastante através das aulas especializadas. As atividades do AEE são oferecidas a todos os alunos da Rede Municipal de Ensino com deficiência.
Rosa Laura Maria da Silva afirmou que sua filha Evelaine, de 12 anos, tem se desenvolvido melhor desde que começou a frequentar as aulas de AEE, há cerca de cinco anos. A menina, que estuda na Escola Municipal Fernando de Barros, participa da sala especializada no CAIC duas vezes na semana. “Ela já consegue ler algumas palavras porque ela tem dificuldade de enxergar e de aprender. A sala do AEE realmente ajuda a criança a se desenvolver melhor, ela está até mais solta e aprendendo mais”, disse Rosa Laura.
Depois de 30 anos trabalhando com educação especial, Sabah Robban se aposentou e se despediu da sala de aula. As atividades realizadas pela profissional com alunos com deficiência começaram em 1987. Sabah trabalhou pelo Governo do Estado e passou 22 anos em atividades pelo Município. Para ela, com o passar dos anos, houve grandes avanços no setor. “Posso garantir que a educação especial tomou um rumo acelerado, temos equipe técnica que acompanha as escolas, é um trabalho que tem avançado bastante”, disse.
“Eu tenho prazer de falar que tenho 30 anos de trabalho só com educação especial. Trabalhar com alunos com deficiência só ajuda a nos enriquecer e aprimorar muito mais nosso conhecimento. É uma área contagiante, não tem como não se apaixonar pela educação especial. O trabalho que a gente faz com os alunos, principalmente com os pais, faz com que a gente se sensibilize muito mais com a causa humana. Trabalhar com a educação especial hoje em dia é a melhor gratificação que eu tive na vida”, finalizou Sabah Robban.