Palestra abordou doença falciforme para alunos de curso técnico

A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Especial de Cidadania e Direitos Humanos, realizou palestra alusiva à Semana Municipal de Conscientização sobre Doença Falciforme. Voltada para alunos do curso Técnico de Enfermagem do Senac, a iniciativa foi da Coordenadoria de Políticas Públicas para Igualdade Racial.

 

Foram palestrantes no evento, realizado na segunda-feira, 15 de abril, os membros da Associação Corumbaense das Pessoas com Doença Falciforme (ACODFAL), Davi Vital do Rosário e Claudia Natacha Bassi; e integrantes da Secretaria Especial de Cidadania e Direitos Humanos.

 

A doença falciforme é uma doença que passa dos pais para os filhos, e altera os glóbulos vermelhos. Dentro destas células existe um pigmento chamado hemoglobina, que dá a cor vermelha ao sangue e também transporta o oxigênio para todas as partes do corpo. A maioria das pessoas recebe de seus pais hemoglobina normal chamada hemoglobina (A). Como recebe uma parte da mãe e outra do pai, cada pessoa é (AA).

 

As pessoas com doença falciforme recebem de seus pais, hemoglobina anormal chamada hemoglobina (S). Como recebem uma parte do pai e outra da mãe, elas são (SS). O glóbulo vermelho com hemoglobina (S) pode ficar com forma de meia lua ou foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente causando anemia hemolítica – a pessoa fica pálida e com icterícia (branco do olho amarelo).

 

É mais frequente na população negra e seus descendentes, mas ocorre também em brancos; não é contagiosa. As pessoas portadoras necessitam de cuidados especiais de saúde, desde a infância. O traço falciforme não é uma doença. Significa que a pessoa herdou de seus pais a hemoglobina (A) e (S). Como recebeu um tipo da mãe e outro do pai é (AS). É uma pessoa saudável e pode levar uma vida normal.

 

Sinais e sintomas

 

*Crises dolorosas: dor em ossos, músculos e juntas associadas ou não a infecções, exposições ao frio, esforços.

 

*Palidez, cansaço fácil, icterícia: cor amarelada, visível principalmente no branco do olho.

 

*Úlceras (feridas) nas pernas.

 

*Nas crianças pode haver inchaço muito doloroso nas mãos e nos pés. Pode haver também sequestro do sangue no baço causando palidez muito grande, às vezes desmaio e aumento do baço (é uma emergência).

 

*Maior tendência a infecções.

 

O teste do pezinho

 

O teste do pezinho é um exame rápido de prevenção que coleta gotinhas de sangue do calcanhar do bebê com a finalidade de impedir o desenvolvimento de doenças que, se não tratadas, podem levar à deficiência intelectual e causar outros prejuízos à qualidade de vida das pessoas.

 

Através do teste do pezinho básico podem ser diagnosticadas a Fenilcetonúria, o Hipotireoidismo Congênito, a Doença Falciforme e demais Hemoglobinopatias. A coleta deve ser efetuada na primeira semana de vida da criança e as amostras devem ser enviadas o quanto antes para o laboratório.

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