A trajetória do incentivador cultural e político Athayde Nery foi contada na avenida General Rondon pela escola de samba Imperatriz Corumbaense. Seus 600 componentes mostraram detalhadamente, ao longo do desfile – o penúltimo da noite – a vida do homenageado na política, que se destaca até hoje por sua fidelidade partidária, além dos cargos de vereador, deputado estadual e também uma de suas maiores paixões: a Cultura, chegando ao período em que comandou a Fundação de Cultura do Estado do Mato Grosso do Sul.
Com oito componentes, a Comissão de Frente representou o jovem Athayde conhecendo a arte através das obras literárias, sobretudo de Manoel de Barros. Os 08 integrantes usaram a fantasia ‘A Coroa traz o Menino-Homem de Várias faces e um só coração’.
O que representa: A comissão de frente representa o jovem Athayde conhecendo a arte através das obras literárias, sobretudo de Manoel de Barros. Os 08 integrantes usam boina e macacões bem ambientados com a figura de poeta que reinam em nossas mentes.
Abre-alas da escola representou ‘A Imperatriz do Menino das Artes’ e remeteu aos livros escritos por Athayde: “Silêncio Escancarado”, “Tereré com Água Guarani” e “Estrelas Líquidas”. É o homem escritor com o encantamento do menino que lia e se via dentro das histórias que acompanhava. Ala das baianas com fantasias ‘Os Girassóis’ encenou momento que desvenda a sutileza e a sensibilidade do homem e poeta Athayde: a sua predileção pelos girassóis.
Origem Corumbaense mostra que Athayde não nasceu aqui, mas tem sangue legitimamente pantaneiro. Os pais de Athayde, Vanda Viégas de Freitas e Athayde Nery de Freitas, são nascidos e criados em Corumbá, o que leva ao nosso homenageado a ter profunda ligação com a cidade. Ala ‘Menino de Três Lagoas de Sangue Pantaneiro’ representou a cidade natal do homenageado.
Primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira se exibiu com fantasia Marido e Mulher, fazendo alusão ao casamento de Athayde Nery com a psicóloga Tânia Mara Barbosa, que rendeu à família três filhos.
Bateria e seus 70 ritmistas representaram ‘Raiz Indígena’. Fantasias celebram o momento que Athayde entende a sua terra, seu chão e reconhece que conserva em seu interior a alma dos Guaranis, dos Guaicurus e dos Guatós.
Carro alegórico ‘Solo sagrado, o Pantanal Rural’, trouxe para a Avenida a forte ligação com o meio rural do homenageado, que é descendente de pantaneiros, o Pantanal Rural, do leito dos rios e da pecuária encanta este corumbaense de coração!
Desfile também mostrou alas ‘O amor pelo Brasil’; ‘O Rio, meu encanto’ e ‘Defesa LGBT’, que permeou a trajetória política de Athayde. Em tempos de contestação às liberdades individuais. Outra bandeira defendida pelo homenageado ‘Igualdade’ foi representada em ala, que cobrou igualdade de direitos entre homens e mulheres, sobretudo no campo do trabalho, onde mulheres ainda recebem, em média, menos que os homens nas mesmas funções exercidas.
Terceira alegoria foi ‘Festival da Diversidade’ numa clara representação das lutas pelos direitos da classe LGBT, das mulheres, da negritude, dos deficientes e também a defesa da cultura do nosso estado estão todos encenados nesta alegoria, que evidenciou as ideias de sociedade de Athayde Nery.
Desfile terminou com carro alegórico ‘’Minha Casa e meu lar, e o Jardim, meu lugar para sempre, que trouxe à tona os hábitos caseiros de Athayde, que trata sua casa como seu templo maior: vem de lá a inspiração para suas obras e a contemplação do cotidiano. O homenageado desfilou nesta alegoria, que encena o seu lugar de vida, onde recorda sua trajetória de lutas e vitórias.