Clóvis Neto |
Ação visa à melhoria da qualidade de vida, elevação da auto-estima, conhecimento dos direitos e deveres e qualificação de mão de obra |
A Prefeitura de Corumbá está buscando o envolvimento das 338 famílias consideradas de baixa renda, beneficiadas pelo Programa Pró-Moradia, com o trabalho técnico e social, no sentido de fortalecer o convívio social e o estabelecimento de vínculos de amizade e respeito entre elas. O encontro ocorreu nesta quinta-feira (29), no Centro Popular de Cultura, Esporte e Lazer Nação Guató. A partir de agora, os futuros moradores das unidades habitacionais em construção nos bairros Aeroporto, Popular Nova e Nossa Senhora de Fátima vão se reunir mensalmente, em sete grupos menores, para participar de atividades recreativas, educativas e até de geração de renda.
O evento, denominado “Viver feliz em Corumbá” faz parte do projeto do Trabalho Técnico Social do Programa de Atendimento através do Poder Público – Pró-Moradia, Empreendimento Viver Feliz. Conforme o secretário executivo de Habitação e Regularização Fundiária da prefeitura, Luiz Mário Preza Romão, trata-se de uma atividade que visa “à melhoria da qualidade de vida, elevação da auto-estima, conhecimento dos direitos e deveres, qualificação de mão de obra, inserção no mercado de trabalho, organização comunitária e, consequentemente, a inclusão social”.
Ele lembrou que o Pró-Moradia faz parte de um programa de inclusão social do Governo Federal, financiado pela Caixa Econômica Federal, e que está sendo realizado pela prefeitura, com investimento de R$ 10,3 milhões, oriundos de empréstimo da Caixa. “O programa prevê a realização de um trabalho técnico e social como este. Demonstra também a vontade política do prefeito Ruiter de, além de construir as casas, contribuindo para a redução do déficit habitacional, envolver todos os beneficiados, visando à inclusão social, inclusive com um trabalho voltado para a geração de renda, aumentando a renda familiar”, explicou.
A ação de sensibilização e mobilização foi realizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Integrado, por meio da Secretaria Executiva de Habitação e Regularização Fundiária, coordenada pela empresa MP Assessoria e Consultoria
Ela ressaltou que o prefeito Ruiter e sua equipe de governo, assim como integrantes das bancadas estadual e federal, já realizaram sua parte. “Eles buscaram recursos para viabilizar um programa como este. Fizeram a parte deles. Agora, somos nós que temos que fazer a nossa parte”, destacou. Conforme ela, enquanto as casas são levantadas, o setor social prepara todos os novos mutuários para receber os benefícios.
Márcia explica ainda que, durante este período, serão oferecidas oficinas para capacitação inclusive de lideranças comunitárias, além de cursos de geração de renda para assegurar o desenvolvimento sócio-econômico e a emancipação das famílias. Elas contarão também com atividades sócio-educativas, com abordagem em temas focando educação sanitária e ambiental, educação para o trânsito, educação patrimonial, cidadania – direitos e deveres, prevenção de doenças, gênero e educação econômica – consumo racional de água e energia.
Beneficiados
O Pró-Moradia está possibilitando a construção de 338 novas moradias. Desse total, 17 foram destinadas a portadores de necessidades especiais, 17 para idosos, 72 para servidores públicos municipais e 232 para famílias de baixa renda, com prioridade para mulheres chefes de família. Todas fazem parte do Programa de Urbanização e Regularização de Assentamentos Precários.
Um dos futuros moradores é Reginaldo Lopes da Rocha, 36 anos. Portador de deficiência, ele reside com a irmã e mais quatro pessoas em uma casa na Rua General Dutra, no bairro Centro América. Com apoio de um vizinho, Marcos Heitor Espíndola, 40 anos, expressou todo seu contentamento com a conquista de um imóvel próprio. Sorrindo, já planeja morar em seu próprio imóvel, junto com familiares.
Marcos Espíndola também é um dos beneficiados do programa. Residente na Rua Oriental, no Centro América, comemora a realização de um sonho de 20 anos. Auxiliar de serviços gerais, ele se diz contente e não vê “a hora de se mudar para a própria casa”, com esposa e um filho menor.
Laureleny de Oliveira, 30 anos, diarista, é outra que está participando do trabalho social e já planeja a sua futura casa. “Sinto-me realizada, principalmente por saber que, se um dia eu faltar, meu filho terá um teto para viver”, diz. Hoje, ele mora com a mãe na alameda Breno de Medeiros, no bairro Nossa Senhora de Fátima. “Queria que ela fosse morar comigo, mas não aceitou”, disse. A mãe, Antônia Rodrigues de Oliveira, estava ao lado da filha e dizia ter sua própria casa e que “está na hora de ela desmamar”, observou, em tom de comemoração.
Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional