O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS, realizará a 11ª campanha nacional de vacinação do idoso, no período de 25 de abril a 8 de maio de 2009, tendo 25 de abril como o dia de mobilização nacional. Este ano, a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso traz o slogan “Deixe a gripe na saudade. Vacine-se”.
Esta campanha visa contribuir para a redução da morbimortalidade por influenza e suas complicações, na faixa etária de 60 anos e mais, que corresponde há 19.428.086 milhões de pessoas. Para apoiar a operacionalização da Campanha o Ministério da Saúde está investindo um total de R$ 162.289.737,00.
A continuidade desta ação concretiza mais um compromisso do governo brasileiro em consonância com os preceitos do Sistema Único de Saúde – SUS, atendendo assim os princípios da universalidade, a integralidade e a equidade da atenção à saúde na área de imunizações.
As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde desempenham o papel fundamental nesta ação, e para a consecução deste objetivo tem-se o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS e das sociedades científicas e da aliança com a sociedade civil que se renova a cada ano. Destaca-se também, a participação de outros setores do Ministério da Saúde, como a Coordenação de Assistência à Saúde do Idoso.
O fato de que a população com idade acima de 60 anos apresenta maior risco de adoecer e morrer em decorrência de algumas doenças imunopreveníveis tais como a gripe e a pneumonia (BRASIL, 1999) fundamentou a proposição da Campanha de Vacinação contra a Influenza desde 1999. Dados preliminares sobre óbitos registrados para a faixa etária de 60 anos e mais no Brasil em 2007 mostram que 80.682 desses óbitos decorreram por doenças do aparelho respiratório (DASIS/SVS/MS, 2007).
A vacinação que ocorre anualmente, em forma de campanha com duração de duas a quatro semanas, entre os meses de abril e maio, constitui um dos meios de prevenir a gripe e as suas complicações, busca modificar esse perfil, além de apresentar um impacto indireto na diminuição das internações hospitalares, da mortalidade evitável e dos gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias.
A campanha nacional de vacinação contra a influenza tem como principal objetivo reduzir, na população de 60 anos e mais, a morbimortalidade e as internações causadas pela influenza. A meta é vacinar pelo menos 80% da população na faixa etária de 60 anos e mais o que representa 15.542.469 de pessoas nessa faixa etária.
Para 2009 a vacina a ser utilizada tem a seguinte composição: A/Brisbane/59/2007 (H1N1)-like virus*; A/Brisbane/10/2007 (H3N2)-like vírus**; B/Florida/4/2006-like vírus***. (Like vírus : * A/South Dakota/6/2007; ** A/Uruguay/716/2007;*** B/Brisbane/3/2007).
A vacina contra a influenza não deve ser administrada em pessoas com história de reação anafilática prévia, relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como, a qualquer componente da vacina; essoas com história de alergia severa à proteína do ovo de galinha, assim como a qualquer componente da vacina; pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores também contra-indicam dose subsequentes.
Precauções
Em doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações.
Realizar avaliação criteriosa de risco-benefício da vacina para pessoas com história pregressa de Síndrome de Guillain Barré – SGB.
Eventos adversos
A vacina contra a influenza é segura. Constituída por vírus inativados, não causa a doença, mas, como nas demais vacinas, alguns eventos adversos podem surgir, como febre baixa e reações locais (dor, endurecimento e vermelhidão).
Raramente, podem ocorrer coriza, vômitos e dores musculares. Manifestações locais como dor no local da injeção, eritema e enduração ocorrem em 10% a 64% dos pacientes, sendo benignas autolimitadas geralmente resolvidas em 48 horas. Os abscessos geralmente encontram-se associados com infecção secundária ou erros de técnica de aplicação.
Reações de hipersensibilidade: as reações anafiláticas são raras e podem ser devidas à hipersensibilidade a qualquer componente da vacina. Reações anafiláticas graves a doses anteriores também contra-indicam dose subsequentes.